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– 17-04-2007 |
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2006 foi o pior dos �ltimos seis anos para a cultura do tabacoOs apoios financeiros � produ��o de tabaco, que terminam em 2009, t�m diminu�do proporcionalmente face � quantidade das colheitas, que baixou significativamente em 2006, o pior ano dos �ltimos seis, segundo dados do Ministério da Agricultura. Em 2000, foram cultivadas em Portugal seis mil toneladas de tabaco em folha, valor que reduziu para as 4.800 toneladas em 2005 e as 2.500 toneladas em 2006. Neste �ltimo ano, o Pa�s perdeu 263 produtores comparativamente a 2000 (523). Acompanhando a quebra produtiva, a ajuda financeira comunitária directa � cultura Também baixou. De acordo com os dados facultados � Agência Lusa pelo Ministério da Agricultura, em 2000 foram atribuídos 17,5 milhões de euros, montante que decresceu para 13,9 milhões de euros em 2005 e 7,1 milhões de euros em 2006. Os valores são il�quidos, j� que excluem, entre outros, os descontos retidos para financiar campanhas de informação sobre os malef�cios do consumo, no quadro do Fundo comunitário do Tabaco. De ressalvar Também que, em 2006, foi apenas contabilizado o apoio comunitário ligado � quantidade de tabaco em rama produzida, pois, a partir desse ano, a União Europeia (UE) passou a canalizar metade do subs�dio para os agricultores que foram apoiados em colheitas anteriores (2000, 2001 e 2002) ou com quotas de produ��o (entre 2002 e 2005). O aumento continuado dos custos de produ��o (m�o-de-obra, sementes, adubos, regas, g�s, electricidade e gas�leo) em despropor��o com o pre�o de venda das colheitas e o valor do subs�dio comunitário, que se t�m mantido praticamente inalteráveis, � apontado pelos agricultores como o principal factor da crise da cultura do tabaco em Portugal. "Claramente, a produ��o de tabaco acaba em 2009, se � que não � antes…", vaticina Ant�nio Abrunhosa, presidente da Associa��o de Produtores de Tabaco (APT), uma das quatro entidades do g�nero existentes no país. O respons�vel lembra que a cultura atingiu, j� no ano passado, o "limite m�nimo", não devendo ultrapassar, em 2007, as 2.500 toneladas. A APT representa uma centena de agricultores da regi�o da Beira Baixa que plantam tabaco "Virg�nia" (tabaco que � curado artificialmente em estufas aquecidas a g�s ou a electricidade). Noventa por cento da produ��o nacional � proveniente desta regi�o, em especial dos Concelhos de Castelo Branco, Fund�o e Idanha-a-Nova, considerados dos "mais pobres" do Pa�s, de acordo com Ant�nio Abrunhosa. "H� dez anos, ganhava-se dinheiro com o tabaco mas, de ent�o para c�, o rendimento da produ��o estabilizou e os custos duplicaram", sustenta, salientando que as dificuldades de escoamento, agravadas com o fecho da �nica f�brica de primeira transforma��o de tabaco em rama existente no Continente, obrigam Portugal a exportar, este ano, a produ��o para a Pol�nia, além de It�lia. O dirigente conta que 20 por cento dos associados da APT j� optaram pela pecu�ria e floresta, devido aos constrangimentos criados � cultura do tabaco, sendo que, no Distrito de Castelo Branco, h� agricultores que "t�m um endividamento de mais de dez milhões de euros", por causa dos empr�stimos banc�rios contra�dos para pagar as despesas de produ��o. Ant�nio Abrunhosa adiantou que a APT está a "negociar" com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural "uma proposta" para a reconversão da cultura e que o objectivo � ter medidas "claramente delineadas no Ver�o". Segundo o respons�vel, as ajudas comunitárias directas � produ��o de tabaco seráo transferidas, a partir de 2010 e até 2013, para projectos de desenvolvimento rural, onde se incluem os de turismo e reconversão da plantação. Na Beira Baixa, as alternativas que se colocam aos agricultores poder�o passar pela produ��o de queijo, azeite, fruta, legumes, bioetanol e biomassa (fonte de energia renov�vel) e pela criação de gado. Em Portugal, além do tabaco "Virg�nia", cultiva-se a variedade "Burley" (tabaco curado ao ar livre). Este �ltimo está representado por tr�s associa��es de produtores: Copombal – Cooperativa Agr�cola do Concelho de Pombal, Associa��o de Produtores de Tabaco da Ilha de S. Miguel e Associa��o de Produtores de Tabaco Tipo "Burley" (Distrito de Leiria e regi�o de Tr�s-os-Montes). A variedade "Virg�nia" � produzida em terrenos pobres mas de grandes dimens�es, enquanto a "Burley" � plantada em solos f�rteis em regime de minif�ndio. As ajudas � cultura do tabaco, destinadas inicialmente a combater a desertifica��o de terrenos mais marginais, remontam a finais da d�cada de 80, tendo os crit�rios para a sua atribui��o sofrido várias altera��es. A planta, origin�ria da Am�rica do Sul e importada pelos europeus, come�ou a ser cultivada no Continente depois da independ�ncia das col�nias ultramarinas, em 1975. Nos A�ores foi introduzida na Ilha de S. Miguel em 1825, como alternativa � laranja. Apenas uma pequena percentagem do tabaco plantado em Portugal � usada na ind�stria cigarreira nacional, que importa a matéria-prima de outros países. A par de It�lia, Gr�cia e Espanha são os países da UE que mais produzem tabaco em folha. Apesar do aumento das medidas restritivas ao consumo e de o cultivo da planta ter vindo a diminuir gradualmente no espaço europeu, face � redu��o de apoios, a UE continua a ser um dos principais produtores de tabaco mundiais, a par da China, Brasil, �ndia e Estados Unidos.
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