A promoção da eficiência hídrica, num país que luta contra a escassez de água e a seca, deve ser a solução prioritária. Novos investimentos devem ser equacionados com “racional”, defende Miguel Lemos.
Numa altura em que a Portugal assume o combate contra o agravamento da situação de seca hidrológica no país, importa dar prioridade à eficiência hídrica ao invés de se apostar em novas formas de se disponibilizar acesso ao consumo de água.
“Há uma outra torneira, para além daquela das novas origens, que nos esquecemos de abrir: a da eficiência“, começou por referir o Presidente da Águas de Gaia, durante a sua intervenção no painel “O futuro do setor: como garantir o acesso à água num país fustigado pela seca?” que integrou a conferência anual do Capital Verde, o Green Economy Forum. Para Miguel Lemos, não é compatível “falarmos de escassez [de água] e depois haver perdas de água de 60%” em alguns municípios do país“, considera, relembrando que a Águas de Gaia tem conseguido reduzir as perdas de água não faturada nos últimos anos. O objetivo da entidade é chegar aos 9%.
“É economicamente mais racional trabalhar a eficiência e ter resultados a nível da eficiência para termos sistemas de distribuição urbana” onde existem níveis baixos de perda, acrescentou, recomendando que, em municípios onde não existe essa capacidade para reduzir os desperdícios, seja possível haver uma agregação com outros concelhos para que […]