Portugal recebeu recentemente a visita de duas personalidades mundiais do vinho, e vinham ambas falar de copos. Por um lado, tivemos a presença de Maximiliam Riedel, da dinastia austríaca que produz, porventura, os melhores copos no mundo − e que ao fim de 300 anos continua a ser uma empresa familiar. E por outro Jancis Robinson, nome que praticamente dispensa apresentações entre os apreciadores, mas que desta vez não se apresentou no papel de crítica de vinhos, nem no de membro do painel que seleciona os vinhos da Casa Real Britânica, mas no de empresária que decidiu lançar a sua própria coleção de copos. E ambos têm uma abordagem muito diferente a esta questão. Se por um lado Maximiliam defende a especificidade de cada copo para diferentes tipos e castas de vinho – “muitas vezes as pessoas culpam o vinho, a temperatura ou a rolha, quando na realidade o problema é o copo” −, por outro, Jancis defende o copo único – “One glass to rule them all”, para usarmos a sabedoria de Tolkien.
Não precisamos de perguntar qual das ideias o leitor prefere. Nós também não temos dúvidas em achar que é muito melhor ter um único copo para todos os vinhos. Provavelmente nem sequer existe espaço para guardar diferentes conjuntos em casa, mas para além desta preferência “Marie Kondo”, importa perceber qual dos dois tem mais razão… E foi por isso que Maximiliam Riedel veio pela primeira vez a Portugal. Por isso e para apresentar uma nova coleção de copos chamada de Veloce, uma linha produzida em máquinas, mas de uma leveza e pureza tal que são praticamente indistinguíveis dos copos feitos à mão. Trouxe quatro modelos diferentes: Cabernet Sauvignon e Pinot Noir/Nebiolo nos tintos, e Sauvignon Blanc e Chardonnay nos brancos. A coleção oferece depois outras quatro opções: Syrah, Rosé, Riesling e Champanhe – embora neste último caso o próprio Riedel revele a sua preferência por usar copos de Chardonnay […]