A «Formação prática para agricultores e veterinários: Novas medidas para combater a resistência antimicrobiana», um projeto de formação financiado pela União Europeia, decorreu nos dias 6 e 7 de junho, em Santarém. Nesta sessão estiveram presentes Susana Guedes Pombo, Diretora-Geral de Alimentação e Veterinária, Pedro Fabrica, Bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários e Elisa Rubio Lucas, Diretora de Projetos Internacionais da AENOR.
Esta formação tem como objetivo informar os agricultores e médicos veterinários que trabalham com animais produtores de géneros alimentícios em todos os Estados-Membros, sobre os mais recentes requisitos legais relacionados com a prescrição e utilização de antimicrobianos e alimentos medicamentosos para animais que contenham antimicrobianos.
A resistência aos antimicrobianos (RAM) é uma das maiores ameaças que enfrentamos atualmente: constitui uma prioridade de saúde pública. Segundo a Organização Mundial da Saúde, está entre as principais causas de morte a nível global. Na Europa, mais de 670.000 infeções anuais resultam de bactérias resistentes, causando 33.000 mortes anuais e um custo de 1,5 mil milhões de euros em cuidados de saúde e perdas de produtividade.
«Na DGAV temos trabalhado intensamente para ajudar a combater este flagelo. No ano de 2011 teve início a recolha de dados sobre o consumo de antimicrobianos em animais. Em 2014, lançámos o primeiro plano de ação nacional contra as resistências aos antimicrobianos nos animais, e desde 2019, temos em vigor um plano nacional que envolve 3 autoridades nacionais, a DGAV, a Direção-Geral de Saúde e a Agência Portuguesa do Ambiente, numa colaboração tripartida à semelhança do Plano Global da UE.»
Na sua mensagem de boas vindas a Diretora-Geral sublinhou a formação como sendo um pilar fundamental nesta luta, a necessidade de trabalho em conjunto, em colaboração, com um objetivo comum, partilhando responsabilidades, promovendo as melhores práticas e alcançando a mudança necessária para proteger a saúde pública, animal e ambiental.



O artigo foi publicado originalmente em DGAV.