Pensa-se que o nome Salix derive do céltico “sal”, que significa perto, e “lis”, que significa água, aludindo ao seu habitat preferencial localizado perto de água. Refira-se que o salgueiro se propaga facilmente em solos húmidos, criando raízes novas a partir da raiz principal ou através de estacas e galhos que caem no solo e dão lugar a novas árvores (reprodução por alporquia e estacaria). A fixação das suas raízes no solo, próximo dos cursos de água, ajuda a prevenir a erosão nas margens.
Embora as várias espécies de salgueiros nativos tenham características específicas, têm também várias semelhanças:
- São tipicamente árvores ou arbustos de ramos flexíveis (embora com diferentes flexibilidades) que, normalmente, contêm salicina, uma substância anti-inflamatória próxima do ácido acetilsalicílico que constitui o princípio ativo da aspirina.
- As suas folhas são alternas (a folha seguinte está um pouco acima da anterior ao longo do ramo), de forma ovalada ou lancelolada (compridas e em forma de lança), embora umas mais longas que outras.
- Todas as espécies são dioicas, ou seja, há árvores só com flores femininas e outras só com flores masculinas.
- As suas flores aparecem agrupadas em amentilhos (cachos ou espigas alongadas), sendo as femininas mais pequenas do que as masculinas. Os amentilhos masculinos têm uma coloração esverdeada e os femininos amarela.
- Os frutos são cápsulas, normalmente pilosas, e contêm no seu interior sementes pequenas, semelhantes a algodão, que são dispersas pelo vento.
O artigo foi publicado originalmente em Florestas.pt.