A estimulação da pecuária e atenuar os efeitos do aumento dos custos no setor são os objetivos de um apoio anual a conceder aos produtores de gado, instituído pelo município de Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda.
O apoio, hoje anunciado pela Câmara Municipal e já publicado em Diário da República, será atribuído mediante apresentação de uma candidatura, disponível a partir de segunda-feira, e envolve comparticipações a fundo perdido.
Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, o município de Figueira de Castelo Rodrigo explicitou que os montantes dos apoios serão de 10 euros por cada animal bovino, três euros por cada ovino e caprino, e 3,5 euros por cada ovino da raça Churra da Terra Quente, “uma espécie praticamente extinta e que se tenta, assim, proteger”.
Segundo o município, que estima que o montante anual de apoios ultrapasse os 60 mil euros, a atividade pecuária “tem uma expressão significativa no concelho, assumindo uma importância fulcral na sustentabilidade da economia rural, na preservação da paisagem, na gestão do território e na coesão social”.
“O contributo da autarquia pretende, assim, garantir a manutenção desta atividade económica e dos seus produtores, bem como assegurar a qualidade do produto final e preservar o padrão elevado de sanidade pecuária e dos seus produtos derivados”, assinalou a autarquia.
Por outro lado, vincou que os incentivos financeiros agora aprovados “procuram minimizar as dificuldades que se fazem sentir no setor, nomeadamente os efeitos da inflação, com o aumento do preço das rações e de todos os produtos que a atividade envolve”.
Dados disponibilizados no comunicado apontam para a existência em Figueira de Castelo Rodrigo de mais de 16 mil cabeças de gado ovino (150 produtores) e três mil de gado bovino, detidas por cerca de 60 produtores.