A dimensão económica do bem-estar dos animais é mais matizada do que um simples aumento dos custos.
Embora normas mais rigorosas exijam investimentos iniciais, como a modernização das instalações ou a formação do pessoal, vários estudos científicos indicam que estas despesas podem ser recuperadas através do aumento do rendimento do mercado, da redução do stress dos animais (e, consequentemente, dos custos veterinários) e da satisfação das expetativas dos consumidores em relação a produtos mais éticos.
Embora as explorações agrícolas de grande escala estejam em melhor posição para efetuar estes investimentos devido aos seus recursos financeiros mais amplos, estes continuam a ser um desafio para as pequenas empresas pecuárias. Para apoiar os pequenos agricultores na aplicação da regulamentação em matéria de bem-estar dos animais, é necessária uma intervenção pública – especialmente porque a melhoria do bem-estar dos animais é principalmente impulsionada por uma “sensibilidade pública” crescente nos últimos anos. Uma ideia concreta é a criação de um fundo público específico. Este poderia financiar projectos destinados a modernizar ou melhorar as instalações através de: subvenções a fundo perdido para a modernização dos estábulos e dos sistemas de ventilação, empréstimos bonificados para a aquisição de tecnologias mais sustentáveis e cursos de formação com peritos (veterinários, agrónomos, etólogos) que possam oferecer assistência técnica. Um controlo permanente garantiria que os pequenos produtores, que de outra forma não poderiam suportar sozinhos os investimentos necessários, não fossem excluídos do mercado. Ler artigo completo aqui.