A produção de castanha de caju rendeu 238 milhões de meticais (3,4 milhões de euros) na campanha agrícola 2023/2024 na província de Gaza, no sul de Moçambique, segundo dados oficiais.
“Os níveis de produção da castanha de caju na província atingiram cerca de 238 milhões de meticais de renda bruta, uma cifra que chegou a beneficiar um total de seis mil famílias produtoras resultante da comercialização de 5.826 toneladas”, refere-se numa nota do Conselho Executivo de Gaza, consultada hoje pela Lusa.
Para a governadora de Gaza, Margarida Chongo, citada no documento, apesar dos ganhos, a produção de castanha de caju, uma das principais culturas do país, ainda não responde às necessidades da indústria alimentar.
“Na qualidade cultura de alto rendimento e pelas condições agroclimáticas privilegiadas para a sua produção, a cadeia de valor da castanha de caju pode alcançar maiores números que na época passada”, explicou Margarida Chongo.
A chefe do executivo provincial propôs a adoção de estratégias mais “arrojadas” para o incentivo à aposta na cultura, para que a província atinja altos índices através da exploração massiva e sustentável das qualidades de terra e mão-de-obra.
“Robustecendo cada vez mais a cadeia e elevando esta divisão administrativa a lugares de maior destaque não só à escala nacional como também a nível mundial”, acrescenta-se.
O Instituto de Amêndoas de Moçambique (IAM) anunciou recentemente que o país poderá ultrapassar a meta de comercialização da castanha de caju estimada em 152 mil toneladas, impulsionado pelos bons níveis de produção registados nesta campanha agrícola.
“O desempenho desta campanha tem sido muito positivo. Ainda não terminou, mas estamos confiantes de que ultrapassaremos a fasquia das 160 mil toneladas, o que já é um excelente resultado”, disse o diretor-geral do IAM, Ilídio Bande.