As autoridades veterinárias da Hungria notificaram a 07.03.2025 um foco de febre aftosa (FA) numa exploração de 1418 bovinos leiteiros, localizada Gyor-Moson-Sopron na região de Kisbajcs perto da fronteira com Eslováquia. O último foco FA na Hungria ocorreu no ano de 1973. De acordo com os serviços veterinários da Hungria os sinais clínicos começaram a 03.03.2025 no grupo das novilhas. Os sinais detetados foram os seguintes: febre em 80% dos animais, salivação, perda de apetite, vesículas e lesões na boca e nas patas (espaço interdigital e banda coronária).
As medidas de emergência de acordo com o RD 2020/687 foram imediatamente aplicadas. O despovoamento da exploração afetada está a decorrer e foram implementadas as zonas de proteção e vigilância em redor do foco. Para além disso os SVO da Hungria aplicaram as seguintes medidas:
- Restrição da movimentação animal na área do Transdanúbio ocidental e todo o território de Peste por 72 horas. Depois deste período apenas vai ser permitido transporte para abate imediato até à data de 17 de março
- Suspensão de toda a movimentação internacional das espécies sensíveis
- Proibição da caça. No município afetado, Gyor – Moson – Sopron, vão ser colhidas amostras em ruminantes selvagens caçados para diagnóstico virológico da FA
- Proibição de exibições e concentração de animais das espécies sensíveis no município afetado até à data de 17 de março
- Encerramento ao público de locais turísticos com os zoo, parques naturais, etc. onde estão alojados ruminantes selvagens.
Atendendo a este agravamento da situação epidemiológica da FA na UE, esta Direção Geral emitiu a nota informativa n.º 1/2025/FA que tem como objetivo sensibilizar todos os intervenientes para que reforcem as medidas preventivas de forma a evitar a introdução do vírus da FA em território nacional, bem como de relembrar que é obrigatória a notificação de qualquer suspeita ou ocorrência de Febre Aftosa em ruminantes domésticos e selvagens (art.º 4.º do Decreto-lei n.º 108/2005 de 5 de julho) aos serviços da DGAV (
Informação adicional sobre a febre aftosa disponível em DGAV – Febre Aftosa.
O artigo foi publicado originalmente em DGAV.