O RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e Papel reafirma a sua posição de liderança no panorama da inovação em Portugal ao voltar a integrar, em 2024 e pelo terceiro ano consecutivo, o TOP 10 das entidades nacionais com mais pedidos de patentes submetidos ao European Patent Office (EPO), como demonstrado pelo Patent Index 2024 publicado pelo EPO. Este reconhecimento destaca o papel estratégico do RAIZ como motor de investigação e desenvolvimento (I&D) na floresta e na bioeconomia de base florestal, sublinhando a importância do conhecimento científico e tecnológico gerado em Portugal.
Este Laboratório de I&D, criado em 1996 pela The Navigator Company em parceria com a Universidade de Aveiro, Universidade de Coimbra e Universidade de Lisboa (através do Instituto Superior de Agronomia), apresenta um portefólio robusto de cerca de 50 patentes desenvolvidas nos últimos anos, resultado do trabalho contínuo de uma equipa altamente qualificada composta por 94 colaboradores, dos quais um terço são doutorados.
A propósito do Dia Mundial da Propriedade Intelectual, que se assinalou a 26 de abril, o RAIZ e a Navigator sublinham a importância estratégica da PI como motor da inovação e da criatividade. Estes instrumentos incentivam a investigação e permitem valorizar o conhecimento produzido, garantindo a sua proteção nos mercados globais. A propriedade intelectual tem sido essencial para assegurar a competitividade da Navigator a nível internacional, protegendo áreas de negócio com forte incorporação tecnológica e científica.
Com o objetivo de acelerar a aplicação do conhecimento ao tecido económico, o RAIZ criou recentemente um Gabinete de Transferência de Tecnologia (Technology Transfer Office – TTO), no âmbito do projeto regional INOV C+. Este novo núcleo reforça a capacidade de ligação ao mercado e promove uma estratégia ativa de valorização de resultados científicos.
O laboratório de I&D da Navigator conta ainda com um radar de tecnologias que permite uma vigilância tecnológica contínua e informada. Esta ferramenta apoia decisões estratégicas e garante que a investigação realizada está alinhada com as principais tendências internacionais.
No âmbito da Agenda Mobilizadora TransFORM, o RAIZ assume a coordenação do Programa de Valorização de Conhecimento e Tecnologias. Este programa recorre a metodologias específicas desenvolvidas por especialistas em gestão da inovação para capacitar o consórcio ao nível da valorização do conhecimento, assegurando uma análise rigorosa dos ativos de propriedade intelectual.
Este desempenho posiciona o RAIZ entre as entidades de investigação e desenvolvimento não pertencentes ao ensino superior com maior volume de pedidos de patentes em Portugal. De acordo com o Patent Index 2024, as empresas e inventores portugueses registaram um máximo histórico de pedidos de patentes ao EPO no último ano, refletindo um crescimento homólogo de 4,8% e um aumento acumulado de 38,2% desde 2020. Este crescimento contrasta com o ligeiro recuo de 0,4% observado entre os Estados-membros da União Europeia, reforçando a vitalidade do ecossistema nacional de inovação.
Investigação que transforma a floresta em inovação
O RAIZ tem vindo a consolidar a sua posição de destaque no setor da bioeconomia circular, liderando projetos de investigação que visam substituir recursos fósseis por soluções renováveis, biodegradáveis e sustentáveis provenientes da floresta de eucalipto. O instituto desempenha um papel essencial na resposta aos desafios das alterações climáticas e na promoção de uma economia de baixo carbono, com um foco especial no aproveitamento integral da biomassa florestal para o desenvolvimento de bioprodutos inovadores.
Segundo o recente Barómetro Inventa 2024 – Patentes Made in Portugal, o RAIZ é reconhecido como “um exemplo de sucesso” na aplicação de recursos públicos e privados em investigação e desenvolvimento.
A investigação conduzida no RAIZ tem demonstrado que a floresta de produção de eucalipto e o processo tradicional de produção de pasta de celulose possuem um elevado potencial para gerar novos fluxos de valor acrescentado. Este trabalho tem permitido explorar novas aplicações para a madeira e biomassa de eucalipto, desde soluções inovadoras para embalagem até ao desenvolvimento de biomateriais, bioquímicos, biocombustíveis e combustíveis sintéticos alternativos aos derivados de matérias-primas fósseis.
O setor florestal em Portugal, e em particular o da pasta e papel, continua a assumir um papel crucial na criação de valor acrescentado, na exportação de bens transacionáveis, na geração de emprego e no desenvolvimento de zonas rurais e desfavorecidas, reforçando assim a sua importância estratégica para a economia nacional.
Fonte: The Navigator Company