
A Corteva Agriscience tornou-se uma sociedade anónima independente no início de junho deste ano, deixando de ser a Divisão de Agricultura da DowDuPont. Agora é uma sociedade puramente agrícola que disponibiliza soluções completas para os agricultores poderem maximizar a produção. Esta oferta equilibra-se entre as sementes e a proteção das culturas, suportada por elevadas capacidades digitais emergentes.
Presente em mais de 140 países, a Corteva Agriscience gerou 14 mil milhões de dólares em vendas líquidas em 2018, possui mais de 150 instalações de investigação e desenvolvimento e mais de 65 princípios ativos.
Em Portugal o Diretor Comercial é Luís Grifo, com quem conversámos na Feira Nacional de Agricultura com objetivo de conhecer ao detalhe a estratégia da Corteva para Portugal e que traduz uma grande preocupação com quem produz e quem consome, deixando a menor pegada ecológica possível.
Questionado sobre a forma como a empresa espera “revolucionar” o mercado, o técnico descarta essa palavra substituindo-a por inovar. Ou seja, além das novidades que foram recentemente introduzidas no mercado, “está em preparação o lançamento de várias soluções na área da proteção das culturas que vão trazer inovação àquilo que já existe no mercado, seja na eficácia ou na preocupação com o ambiente”.
Segmento das sementes sob a marca Pioneer
No caso das sementes a ideologia não difere muito. Aqui o negócio desenvolve-se sob a marca Pioneer, numa procura constante de variedades mais tolerantes a pragas e doenças e que ao mesmo tempo conjuguem uma grande capacidade de produção e uma excelente qualidade. É com base nos conhecimentos que adquiriu no seu percurso profissional muito ligado à tecnologia das sementes que Luís Grifo explica que este é um trabalho incessante uma vez que a durabilidade de uma variedade é hoje inferior ao que era há alguns anos, até porque as próprias doenças e pragas também vão evoluindo e as variedades vão perdendo tolerâncias. Um caso “crítico” é a procura de variedades tolerantes ao Cephalosporium maydis, um fungo de solo que afeta a cultura do milho, sobretudo nos Vales do Tejo e Mondego e que gera grande preocupação nos principais produtores.
Além do milho, sob a marca Pioneer, a Corteva dispõe de oferta também em variedades de sorgo, trigo e arroz, no segmento dos cereais e de azevém e luzerna nas forrageiras. Trabalha ainda com proteaginosas e oleaginosas (soja, colza, girassol …), com Luís Grifo a referir um importante e muito evoluído Centro de Melhoramento multiculturas em Sevilha (Espanha), com especial enfoque para o girassol.
Na foto: Luís Grifo – Diretor Comercial da Corteva em Portugal
Para ler na íntegra na Voz do Campo n.º 228 (julho 2019)