Cherovia, cherivia ou pastinaga são alguns dos nomes pelos quais é conhecida esta raiz, “que tem a forma de uma cenoura e a cor do nabo”, como está descrita no site da Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural. O cultivo remonta a tempos antigos na Eurásia, antes do uso da batata. Em Portugal é cultivada na região da Serra da Estrela.
A área geográfica de produção está reduzida à região da Beira Baixa, mais concretamente à zona envolvente da Covilhã porque é ali que encontra o solo e o clima (nomeadamente frio) fundamentais ao seu bom desenvolvimento vegetativo mas também do sabor. Foi isso que nos explicou Daniel Almeida, que com os pais produz seis hectares na freguesia de Ferro e é provavelmente um dos maiores produtores.
Encontrámo-lo no recente Festival da Cherovia, que aconteceu na cidade da Covilhã, porque ali é a cherovia é um verdadeiro ex-libris da gastronomia local, onde é consumido das mais diversas formas.

Daniel recorda que os seus pais já produziam cherovia, mas entretanto a cultura caiu em desuso. O Festival, a par de outras iniciativas promocionais na região estão a fazer renascer o interesse e hoje, na sua exploração, entre produtos hortícolas e frutícolas é a cherovia que se destaca. São cerca de seis hectares em produção que no final da campanha representam entre 60 e 70 toneladas.
Em relação à vertente produtiva, e começando logo pelas variedades, o nosso entrevistado adianta-nos que ainda não conseguiu encontrar uma semente híbrida que conseguisse “vingar” no terreno. A opção é aproveitar as sementes da própria planta de variedades que há muito existem na região. A sementeira faz-se então na primavera, logo no local definitivo e a produção dura até fevereiro- março do ano seguinte, altura em que volta a ter rama, flor (…).

Para ler na íntegra na Voz do Campo n.º 231 (novembro 2019)