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– 14-06-2002 |
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Feira da Agricultura de Santar�m d� sinais de recupera��o; pecu�ria regressa em for�aSantar�m, 14 Jun A aposta no sector pecu�rio, que nos �ltimos anos sofreu as limita��es quer da chamada doen�a das vacas loucas quer de outras epidemias, com reflexos not�rios no n�mero de visitantes, aponta o caminho que o Centro Nacional de Exposi��es e Mercados Agr�colas (CNEMA) pretende para a Feira Nacional de Agricultura, que se realiza h� quase quatro d�cadas em Santar�m. Mais arrumada, a 39� Feira Nacional de Agricultura (FNA) d� destaque aos bovinos (250 animais presentes), em particular �s nove ra�as autoctones, seis das quais se fazem acompanhar de restaurantes que permitem a degusta��o da carne nacional. Fernando Sousa, secret�rio t�cnico do livro geneal�gico de bovinos de ra�a mirandesa, reconhece que o CNEMA tem vindo a fazer um esfor�o para melhorar as condi��es de realiza��o do certame, mas considera que ainda existem algumas questáes por resolver. Em particular, este t�cnico gostaria que a "dignidade" e "visibilidade" das ra�as autoctones fosse outra, o que, no seu entender, deveria passar pela criação de outras condi��es para os restaurantes, instalados na rua, junto da exposi��o dos animais das respectivas ra�as, sem nada que os diferencie senão uma tarja. Para os nove dias da feira, a associa��o de criadores e o agrupamento de produtores de carne mirandesa trouxeram 20 carca�as, cerca de 2,5 toneladas de carne, para o seu restaurante, além dos 12 animais de quatro produtores que t�m em exposi��o. Sublinhando que a carne das ra�as autoctones "� a melhor do Pa�s e mesmo uma das melhores da Europa", Fernando Sousa entende que ela deveria ter tratamento privilegiado – critica, por exemplo, que estas ra�as estejam expostas atr�s das ex�ticas -, com informação precisa da sua localiza��o a quem vem � feira, instala��es que digam um pouco da hist�ria da regi�o onde t�m origem e possibilidade de divulga��o, nomeadamente criando um dia para profissionais. Apesar disso, Fernando Sousa disse � Agência Lusa que as oportunidades de neg�cio t�m surgido, com um aumento significativo este ano, quer para comercializa��o da carne em talhos e restaurantes quer para compra de animais. Como exemplo da valoriza��o que esta carne tem vindo a adquirir, referiu a venda, no certame, a um comprador que veio de Tr�s-os-Montes, de um toiro de ra�a mirandesa com 10 anos por quatro mil euros (800 contos) e de uma vaca por dois mil euros, valores "muito significativos". Moncada Cordeiro, do conselho de administração do CNEMA, disse � Agência Lusa que apesar de os criadores serem sempre muito reservados na divulga��o do volume de neg�cios, existe a percep��o de que ele � significativo durante a FNA. Segundo disse, a vinda de agricultores � feira tem sido fomentada através da venda de bilhetes a metade do pre�o quando v�m em grupos organizados, pelo que o CNEMA sabe que um n�mero importante dos muitos milhares que visitam a FNA são pessoas directamente ligadas ao sector, sendo este ano not�ria a quantidade de excurs�es que se t�m deslocado do Norte do Pa�s a Santar�m. Por outro lado, frisou o incentivo que � dado � presença dos criadores de gado nacionais, das várias especies, j� que não pagam o espaço que ocupam e recebem um subs�dio para o transporte, o que conta com apoio do ministério da Agricultura. Ocupando a área central do parque de exposi��es, os equinos dominam as aten��es, sobretudo das milhares de crian�as de escolas de todo o Pa�s que t�m colorido e animado a feira e para as quais foram criadas uma s�rie de actividades, como visitas guiadas �s exposi��es de animais, uma quinta pedag�gica, contacto com os cavalos, além das brincadeiras e divers�es. Os equinos em exposi��o permanente rondam as seis dezenas, sem contar com os poldros que acompanham a maioria das �guas, mas os numerosos concursos e campeonatos que aqui decorrem ao longo da semana trazem a Santar�m cerca de duas centenas de cavalos. A exposi��o � dominada pela ra�a lusitana, mas Moncada Cordeiro sublinhou que houve a preocupa��o de mostrar Também as ra�as usadas para melhorar a lusitana, como o cavalo ingl�s e o �rabe, e outras portuguesas, como o sorraia (Sul do distrito de Santar�m) e o garrano (Tr�s-os-Montes), além de serem ainda mostrados um burro e uma mula. S�bado � o dia dedicado ao cavalo, com as finais dos campeonatos de garanh�es e os concursos do traje portugu�s de equita��o e combinado de atrelagem. O dia termina ainda com uma gala equestre, antecedida da apresentação de um garanh�o de sela franc�s, pertencente ao servi�o Nacional Coud�lico (usado para melhorar a esp�cie lusitana, dando cavalos vocacionados para o desporto, em particular os saltos), pretexto para a vinda de uma delega��o do servi�o cong�nere franc�s. Outra presença significativa no sector pecu�rio � a de ovinos e caprinos, com cerca de 100 animais representativos de praticamente todas as ra�as portuguesas, sendo a menor representa��o a de su�nos, com alguns esp�cimes da ra�a b�zara e outros de ra�as ex�ticas, j� que o porco alentejano não está representado. A feira deste ano, que no domingo apresentou um recorde de 53 mil visitantes, conta Também com um maior n�mero de expositores (453), o que se reflecte no sector do artesanato (mais bem organizado, mas ainda permissivo ao que não � genu�no), mas Também nos representantes de equipamentos relacionados com a actividade agr�cola. Os expositores de tractores e alfaias t�m vindo a diminuir a sua presença na FNA, preferindo apostar em sal�es especializados s� para profissionais, uma aus�ncia que Moncada Cordeiro lamenta, mas reconhece não fazer parte das apostas do CNEMA. Contudo, nega a acusa��o da pr�tica de pre�os demasiado elevados, assegurando que o pre�o do terrado para estes expositores � o mesmo h� dois anos. A vertente t�cnica da FNA tem vindo a perder import�ncia, com a diminui��o do n�mero de col�quios, o que, segundo Moncada Cordeiro, se deve � fraca participa��o dos visados. Segundo disse, o CNEMA p�s este ano as suas instala��es � disposi��o dos que quisessem aproveitar o certame para divulgarem equipamento inovador, mas, lamentavelmente, o desafio lan�ado � Associa��o de Com�rcio Autom�vel de Portugal, sector de m�quinas agr�colas, não mereceu qualquer resposta dos associados desta. A disponibiliza��o de um espaço de forma��o, que permite um primeiro contacto com um tractor, a jovens entre os 12 e os 16 anos, foi aproveitado apenas por uma empresa, "mas a adesão do público Também não foi muita", acrescentou. A aus�ncia da maquinaria agr�cola foi de certo modo "compensada" com uma exposi��o ilustrativa da evolu��o da mecaniza��o agr�cola, mais de uma centena de pe�as, algumas delas raras, que ocupam um dos pavilh�es do CNEMA. Outra vertente que se tem vindo a acentuar � a divulga��o dos produtos qualificados portugueses, com a realiza��o de provas orientadas e tert�lias rurais. Depois das 20:00 horas, o certame recupera alguma da tradi��o que sobra da que foi inicialmente (h� 49 anos) designada Feira do Ribatejo, com a anima��o e a realiza��o das populares largadas de touros, confrontadas agora com a concorr�ncia dos rodeos brasileiros. A presença etnogr�fica, representada em casas tradicionais de algumas zonas do Pa�s, faz-se sentir sobretudo ao fim de semana, com a recriação de mercados das várias regi�es e a presença de ranchos folcl�ricos.
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