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– 17-06-2002 |
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Desertifica��o : Um teráo de Portugal afectado, programa nacional avan�a devagarA desertifica��o afecta mais de um teráo do territ�rio continental portugu�s, sobretudo o Alentejo e o Algarve. Existe j� um programa nacional para combater este fen�meno, mas pouco tem sido feito. Em 1999 o Governo aprovou um Plano Nacional de Combate � Desertifica��o, mas s� passados tr�s anos foi constitu�da uma comissão para dar seguimento �s medidas contempladas nesse documento. Este programa nasceu na sequ�ncia de uma Conven��o das Na��es Unidas, que criou Também o Dia Mundial do Combate � Desertifica��o e � Seca, que se assinala na segunda-feira. "Estamos a trabalhar h� menos de um ano, porque fomos v�timas das dificuldades de articula��o entre os departamentos oficiais", disse � agência Lusa V�tor Louro, presidente da comissão encarregada de aplicar o plano. Desde que come�ou a trabalhar, a comissão centrou-se em quatro áreas que merecem uma interven��o mais urgente para combater a desertifica��o, entendida como a degrada��o do solo, o abandono das terras ou a aus�ncia de popula��o. A Quercus, em comunicado, j� criticou que s� agora se lancem os quatro projectos piloto, considerando que actualmente pouco se v� no sentido de melhorar pr�ticas agr�colas ou evitar "mobiliza��es indevidas por parte de alguns agricultores". Eucaliptos em declives classificados como reserva ecol�gica nacional, agricultores que não respeitam as linhas de nível. ou podas abusivas de azinheiras são algumas das causas de desertifica��o, segundo a Quercus. Diz a Comissão que Arribas do Douro, Pinhel interior sul, margem esquerda do Guadiana (M�rtola e arredores) e serra algarvia (Alcoutim e Castro Marim) são as zonas em que j� h� algum trabalho feito. Foram realizadas sess�es públicas para habitantes destas zonas considerados representativos da popula��o e discutiram-se projectos-piloto para combater a desertifica��o. não h� estimativas de quanto pode custar o combate � desertifica��o em Portugal, porque não h� financiamento definido para o Programa Nacional. "Temos recusado fazer um c�lculo dos custos, porque não h� financiamento espec�fico para este programa. Basta tentar aplicar melhor o dinheiro que existe", considera V�tor Louro. O Programa Nacional de Combate � Desertifica��o aponta um conjunto de medidas gerais e define como prioridade a "necessidade de serem desenvolvidos estudos" e de "uma nova estratégia de desenvolvimento rural e regional integrado". Estes estudos ainda são aguardados, mas as causas da desertifica��o estáo perfeitamente identificadas. Em Portugal, a concentra��o das actividades econ�micas no litoral durante as últimas d�cadas levou ao despovoamento do interior e ao abandono dos campos, que se degradaram e desequilibraram a flora. A Quercus chama a aten��o para os terrenos a sul do país e de algumas regi�es do norte, culpando as pr�ticas agr�colas ancestrais e outras intensivas mais recentes, a florestação com recurso a eucaliptos e a sobreexplora��o de aqu�feros pelas "perdas significativas de solo, com diminui��o da fertilidade do mesmo". Embora a desertifica��o seja um fen�meno com várias d�cadas, o planeamento do seu combate s� se come�ou a desenhar depois da Cimeira da Terra, em 1992, na sequ�ncia da qual países membros das Na��es Unidas assinaram uma Conven��o Internacional de Combate � Desertifica��o e � Seca. Este documento visa sobretudo países africanos, que são gravemente afectados pela seca e consequente desertifica��o. Dados da Quercus indicam que a desertifica��o afecta mais de 1.000 milhões de habitantes em mais de uma centena de países.
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