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– 15-03-2008 |
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Vila de Rei: Autarquia quer oliveiras em vez de pinheiros no plano de reflorestaçãoA autarquia de Vila de Rei quer incentivar os seus mun�cipes ao replantio do olival ao inv�s do pinheiro e potenciar outras actividades tradicionais como a apicultura e a pastor�cia. O plano de reflorestação do concelho, que perdeu 85 por cento da sua mancha verde com os violentos fogos florestais de 2003, foi hoje oficialmente colocado em marcha com a abertura do I Festival do Azeite e do Bacalhau. O vice-presidente da C�mara disse hoje � Agência Lusa que a iniciativa gastron�mica, a decorrer em v�rios restaurantes do concelho até dia 23 de Março, apresenta na sua g�nese um "duplo objectivo". "Aliar os v�rios modos de confeccionar o bacalhau, um dos pratos mais apreciados pelos portugueses, ao azeite produzido na Beira Baixa � uma oportunidade para dinamizar o sector da restaura��o e, ao mesmo tempo, chamar a aten��o para a import�ncia do replantio do olival". Segundo disse Ricardo Aires, "as oliveiras podem permitir recuperar uma das tradi��es ancestrais da regi�o uma vez que encontram aqui �ptimas condi��es de reprodu��o, ajudam a melhorar a paisagem e são geradoras de riqueza". O plano, denominado "D.Dinis", passa pela reflorestação de cerca de 10 dos 19 mil hectares que constituem a área total deste concelho que assinala o Centro Geod�sico de Portugal. "A aposta � para cerca de metade da área concelhia pelo que, sendo uma área t�o vasta, o plano não se concretizar� de um momento para o outro", afirmou o autarca que não especificou o valor das verbas que poder�o estar envolvidas neste projecto. "Os propriet�rios de terrenos v�o ter acesso a fundos comunitários e a novas oportunidades para replantio do olival mas apenas trabalhando em conjunto a replantação pode gerar frutos", afirmou. Elaborado pelo Gabinete T�cnico Florestal (GTF) da autarquia, em estreita articula��o com a Associa��o de Produtores Florestais de Vila de Rei, o processo de elabora��o do projecto revelou-se "dif�cil e moroso", segundo os seus respons�veis. Bruno Cardoso, um dos respons�veis pelo GTF, disse � Lusa que "foi feita a identifica��o de todos os propriet�rios e das áreas a reflorestar" e que o processo se revelou "moroso" por ter sido efectuado numa zona de terrenos florestais privados onde "predomina o minif�ndio e a falta de cadastro". "O mais dif�cil está feito pelo que agora � importante sensibilizar os propriet�rios para o replantio do olival, numa l�gica de expectativa estratégica concelhia, e tendo em linha de conta as verbas provenientes do novo quadro comunitário de apoio", afirmou. Segundo disse, "a azeitona `galega` tem-se adaptado muito bem a esta regi�o e dessa variedade obt�m-se azeite com um paladar e caracterásticas muito pr�prias pelo que não pod�amos ficar alheios a este potencial econ�mico e social". O vice-presidente da C�mara disse � Lusa que "o grande objectivo" do plano D. Dinis � "reordenar o territ�rio possibilitando a criação de riqueza e a fixação de pessoas". Segundo disse Ricardo Aires, "a ideia passa por criar condi��es para recuperar o sector da olivicultura, não s� na produ��o como Também no processamento, e redinamizar as vertentes da pastor�cia e da apicultura". "A m�dio prazo, quando este plano estiver a funcionar de forma mais vis�vel, irá alavancar outro sector estratégico para o concelho", afirmou. Segundo disse, "para além de potenciar as actividades ditas tradicionais, o projecto D. Dinis assenta numa l�gica de atrac��o de investimento tur�stico, nomeadamente nas vertentes do turismo rural e ambiental". O rei D. Dinis, que concedeu foral ao concelho em 1285, empresta o nome ao projecto.
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