O antigo presidente das câmaras de Faro e Tavira diz ter ficado “incrédulo” perante a “resposta pronta e oficial da GNR”, e que foi: “nada podemos fazer. Eles têm uma autorização das Infraestruturas de Portugal para apanhar alfarrobas. Sabemos disso e nada podemos fazer”
O ex-presidente das câmaras municipais de Faro e Tavira, José Macário Correia, denunciou esta semana aquilo que considera ser “um negócio da China com as alfarrobas” identificando o caso em concreto no sotavento algarvio.
Na sua página de Facebook, Macário Correia divulga um documento das Infraestruturas de Portugal (IP) que está a indignar um número crescente de pessoas, cujos comentários são bem visíveis nas redes sociais.
O documento em causa é uma Fatura/Recibo com data de 11 do presente mês que atesta a “Venda de Alfarrobada na Estrada Nacional 398, entre o Nó de Ligação à ER 125, próximo da zona industrial de Olhão ao KM0+000, e o Nó de Acesso da A22 ao KM7+500”.
O valor apresentado é de 284,55€ acrescido de IVA à taxa de 23% e é o resultado da emissão da IP de uma “licença que tudo resolve”, refere Macário Correia. E acrescenta que “a Administração Pública caiu na desgraça total, com tanta irresponsabilidade como nunca se havia visto. Segundo a Dra. Alexandra Brito da IP em Faro, está entregue a EN 398 e a EN 270, que no seu conjunto são 96 Kms de bermas, a um preço mil vezes abaixo da apanha [da alfarroba] que tal vai gerar”.

Já no dia anterior, Macário Correia deixava uma acusação pública: “Organismo governamental fomenta o roubo”, explicando que, este domingo, um amigo lhe tinha telefonado “dando conta que, num local próximo, estavam umas pessoas de […]