“Tecnologia e Sustentabilidade: o Futuro das Florestas” foi o mote para a Ação de Capacitação e Informação Setorial que decorreu, a 19 de dezembro no Porto, no âmbito do projeto Advance Forest, coordenado pela Forestis.
Os desafios do Mercado Voluntário de Carbono, as novas ferramentas digitais ao serviço da Floresta e ainda os modelos de gestão agrupada, foram algumas das temáticas evidenciadas no evento, que contou com a presença da diretora Regional do ICNF, Sandra Sarmento e o presidente do INIAV, Nuno Canada.
Na sua intervenção, o presidente da Forestis, Carlos Duarte elencou que ao longo destes 32 anos “temos tentado defender, proteger e apoiar os proprietários florestais e os compartes dos baldios. Temos dezenas de organizações de produtores florestais no terreno, desde o Algarve até ao Minho, que estão sempre a concretizar aquilo que são as ações fundamentais da nossa missão. A Forestis tem uma equipa técnica jovem e muito empenhada que faz esta supervisão, mas que depende muito do trabalho desenvolvido no terreno de cada um dos técnicos das nossas OPF´s”.
A rede Forestis é fundamental, porque é autónoma de todos os interesses nomeadamente das Confederações e outros. “O nosso compromisso é com o território, com o setor, os proprietários florestais e com os baldios”, vincou o dirigente.
Nesse sentido, “tendo presente aquilo que é o quadro do setor florestal, o que é o risco de abandono, a desertificação do interior, a falta de economia local e aquilo que é a importância do setor florestal e agroflorestal para contribuir para uma maior atratividade dos territórios e uma maior promoção da economia local. Existe o empenho de podermos ir além de defender os proprietários florestais e os baldios, podermos ter uma maior ação de proximidade ainda com os todos os gestores florestais, de forma a asseguramos uma gestão ativa do espaço florestal”, afiançou Carlos Duarte.
Para o líder da Forestis, “as OPF´s devem ter um poder ativo para poder substituir o proprietário florestal e poder fazer a operação florestal, fazendo uma gestão agrupada, para tentarmos aumentar o valor do rendimento e diminuir os custos da gestão”.
“Aquilo que são mercados emergentes, como o mercado de carbono ou serviços de ecossistemas e outros, são formas acrescidas também, [além da venda do material lenhoso] de aumentar o rendimento ao proprietário”, afirmou o responsável da Forestis.
Para Carlos Duarte há que ter consciência que só haverá uma redução de risco de incêndios “se houver uma gestão ativa e só haverá uma gestão ativa se houver dimensão económica e rendimento ou retorno daquilo que é despesa que os proprietários florestais e baldios têm”.
Por último, Carlos Duarte defendeu uma lei quadro do associativismo que identifique aquilo que são condições mínimas para que uma OPF possa ser reconhecida e nesse quadro de reconhecimento ser parceiro para o Estado transferir algumas responsabilidades tendo presente a capacidade instalada.
O Advance Forest é um projeto coordenado pela Forestis em parceria com a Fenafloresta e a Biond.
Fonte: Forestis