Pensar fora da caixa e partilhar informação sobre o que está a ser feito em termos de inovação – foi o conceito do Dare2Change que, na sua segunda edição, reuniu cerca de 400 pessoas, entre alunos, empresas do setor, investigadores e académicos
A sociedade mundial tem de alterar a forma como se alimenta, seja em termos de ingredientes ou na forma como são produzidos. É impossível continuar assim e alimentar uma população em crescendo. Mas isso só se consegue com inovação, com partilha de informação, com o colocar a tecnologia (também) ao serviço da alimentação.
Foi esse o espírito da segunda edição do Dare2Change, um encontro organizado pela PortugalFoods, no Porto, que reuniu cerca de 400 pessoas, entre alunos, empresas do setor, investigadores e académicos.
O aparecimento dos Laboratórios Colaborativos (CoLAB) veio acelerar a temática, apesar de alguns ainda estarem numa fase de arranque.
A propósito, Deolinda Silva, diretora executiva da PortugalFoods, lembra que as universidades, os politécnicos e os centros de Investigação e Desenvolvimento (I&D) que existem “são muito bons, têm equipas maravilhosas e têm contribuído de forma brutal para o crescimento e para a interação universidade/empresa e, no fundo, para aquilo que é a investigação aplicada e a valorização económica do conhecimento”.
“Os CoLAB são mais um elo e mais um ator que surge através de uma dinâmica que o antigo ministro da Ciência, Manuel Heitor, quis criar com estruturas que permitissem ter recursos altamente qualificados ao serviço das empresas”, aponta a diretora da associação do setor agroalimentar.
Ao trazerem “mais pessoas altamente qualificadas, os CoLAB vão ter também um papel fundamental naquilo que é a capacidade de as entidades do sistema científico e tecnológico trazerem conhecimento e valorização económica às empresas”, sublinhou a dirigente.
Questionada sobre a evolução do setor e a sua resposta à pandemia e ao pós-pandemia, Deolinda Silva considera que o setor mantém um passo de crescimento a todos os níveis. Mesmo numa situação de pós-pandemia e, agora, em situação de guerra, “a verdade é que o setor tem mantido o seu nível de crescimento quer naquilo que é o seu contributo para as exportações nacionais (com valores até superiores ao que estava a ser partilhado em 2019) – e, em termos de inovação, a dinâmica é permanente e contínua -, quer seja na presença em grandes projetos mobilizadores”.
Neste momento, antecipa que aguardam pelo Portugal 2030 para avançar com um novo projeto mobilizador. Até agora, “o grande desafio foi criar e realizar esta Agenda Mobilizadora no âmbito do PRR” – designada por VIIAFOOD (um consórcio liderado pela Sonae MC e coordenado pela PortugalFoods) – que “muito […]