Para salvar vidas e meios de subsistência, os governos devem criar sistemas de alerta precoce e preparar-se para novos fenómenos meteorológicos perturbadores este ano, defende a Organização Meteorológica Mundial
Os governos devem preparar-se para mais fenómenos meteorológicos extremos e temperaturas recorde nos próximos meses, alertou a Organização Meteorológica Mundial, agência das Nações Unidas, na terça-feira, ao declarar o início do fenómeno de aquecimento El Niño.
O El Niño é um padrão climático natural no Oceano Pacífico tropical que provoca temperaturas da superfície do mar mais quentes do que a média e tem uma grande influência no clima em todo o mundo, afetando milhares de milhões de pessoas.
“O início do El Niño aumentará consideravelmente a probabilidade de se baterem recordes de temperatura e de se desencadear um calor mais extremo em muitas partes do mundo e no oceano”, afirmou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.
A declaração “é o sinal para os governos de todo o mundo mobilizarem os preparativos para limitar os impactos na nossa saúde, nos nossos ecossistemas e nas nossas economias”.
Para salvar vidas e meios de subsistência, os governos devem criar sistemas de alerta precoce e preparar-se para novos fenómenos meteorológicos perturbadores este ano, defendeu.
Os últimos três anos foram dos mais quentes de que há registo, mesmo sob influência do fenómeno oposto La Niña – que se caracteriza por temperaturas oceânicas mais baixas do que a média.
Um “duplo golpe” de um El Niño muito forte e do aquecimento provocado pelo homem devido à queima de combustíveis fósseis levou a que 2016 se tornasse o ano mais quente de que há registo, de acordo com a OMM, a agência das Nações Unidas para o tempo, o clima e os recursos hídricos.
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