Os dados recolhidos nas Declarações de Colheita e Produção atestam uma diminuição do volume, com um total de 6,9 milhões de hectolitros (hl), representando um decréscimo de 8% face à campanha 2023/2024. Em relação à média das cinco campanhas anteriores, observa-se uma redução de 0,1% na produção.
Os valores apurados pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) confirmam a previsão de vindima publicada em julho, em que se estimou uma quebra de 8% na colheita, relativamente à anterior campanha.
Na generalidade, as produções por região registam um decréscimo de produção, face à campanha anterior, com destaque para as regiões dos Açores, da Bairrada, do Dão, da Península de Setúbal e de Lisboa, que apresentaram quebras superiores a 20%.
Nas regiões do Algarve e da Beira Interior registaram-se aumentos de produção face a 2023/2024, superiores a 20%.
Nas regiões dos Verdes e do Douro, contrariando as previsões de julho e a tendência de quebra global na produção, verificaram-se aumentos de 10% e 5%, respetivamente, em comparação com a campanha anterior.
As produções declaradas como aptas a Denominação de Origem Protegida (DOP) e Indicação Geográfica Protegida (IGP) continuam dominantes, atingindo nesta campanha 91% da produção nacional.
Em linha com o verificado nos últimos anos, é predominante a produção de vinhos tintos, representando 57% do total produzido. O volume dos vinhos brancos, ligeiramente acima dos 2,5 milhões de hectolitros, tem um peso de 36% na produção nacional e os vinhos rosados de 7%.
Entre os fatores que contribuíram para este decréscimo na produção, destaca-se a instabilidade meteorológica durante o ciclo vegetativo da videira, que favoreceu o surgimento de doenças, com especial incidência do míldio.
Fonte: IVV