
Sendo a fruticultura uma atividade de grande relevância a nível nacional, não poderia deixar de o ser também para a Asfertglobal, uma empresa de capital 100% português, focada em desenvolver soluções inovadoras a nível da biotecnologia aplicada à fruticultura nacional e até internacional, uma vez que já está a trabalhar com 16 países.
Apologista de ensaiar as soluções nas diferentes condições onde vão ser utilizadas, é estratégia da empresa realizar parcerias com entidades de reconhecido mérito e experiência que possam testá-las, como é o caso da Estação Nacional de Fruticultura Vieira de Natividade (INIAV).
O trabalho comum entre as duas entidades iniciou-se na campanha passada, tendo sido implantado um pomar de macieiras especificamente com objetivo de testar as soluções biofertilizantes (Mycoshell, Kiplant iNmass e Kiplant All-Grip) da Asfertglobal, baseadas em microrganismos, avança-nos a marketing manager Manuela Cordeiro.
Os primeiros resultados obtidos foram apresentados ao público em fevereiro deste ano e os técnicos e produtores presentes mostraram interesse em ir acompanhando de perto as diversas fases do ciclo vegetativo do pomar. Assim, e com esse mesmo objetivo, as duas entidades avançaram com as II Jornadas Técnicas de Fruticultura INIAV / Asfertglobal, onde foram apresentados alguns resultados do ensaio de avaliação dos efeitos da aplicação de soluções nutricionais no incremento da coloração de maçãs “Fuji”.
Miguel Leão, o investigador do INIAV responsável por este ensaio, explica-nos que esta linha de investigação específica está alinhada com os objetivos da Estação e com as necessidades da produção e da indústria. No fundo, aquilo que se pretende é tentar encontrar soluções que permitam chegar à colheita e aumentar a coloração dos frutos, no sentido de se conseguir um retorno económico mais elevado.
O ensaio desenvolvido com a proposta da Asfertglobal passou pela aplicação de uma solução à base de nutrientes, com duas formulações diferentes, no sentido de se perceber se por esta via é possível ou não incrementar a coloração dos frutos e neste caso em concreto, “numa variedade que apresenta graves problemas de coloração – “Fuji” – especialmente nos anos mais adiantados da plantação. O primeiro ano de ensaios demonstrou que a aplicação destas soluções melhorou a coloração dos frutos, sem adulterar negativamente os parâmetros de qualidade”. Em resumo, há um alinhamento com a produção e a solução Kiplant Blush (entretanto disponibilizada no mercado) veio para ajudar os fruticultores, mas com a devida ressalva por parte do investigador: “ensaios desta natureza necessitam de alguns anos de recolha de dados. A expectativa é que no próximo ano já seja possível apresentar resultados mais sustentados e consistentes da sua aplicação na fruticultura”.
Para ler na íntegra na Voz do Campo n.º 228 (julho 2019)