Na última semana, verificou-se o aumento do volume armazenado de água em 13 bacias hidrográficas e a diminuição em duas, de acordo com o Boletim Semanal de Albufeiras da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que data de 10 de março e compara com o boletim anterior (de 3 de março).
Das albufeiras monitorizadas, 69% apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 5% têm disponibilidades inferiores a 40% do volume total.
A 10 de março, Portugal Continental tinha armazenados 11.294 hectómetros cúbicos (hm³) de água, um aumento de 3,9% comparativamente à semana anterior, que registava 10.772 hm³. No total, as barragens conseguem armazenar 13 299 hm³.
Os armazenamentos na segunda semana de março de 2025, por bacia hidrográfica, apresentam-se superiores às médias de armazenamento do mês de março, exceto para as bacias do Ave, Mondego, Mira, Arade e Ribeiras do Barlavento.
Qual a situação atual no Algarve?
No Algarve, o armazenamento de água em todas as bacias hidrográficas da região subiu comparativamente ao último documento. No entanto, a barragem do Arade continua a registar o nível de água mais baixo da zona algarvia, apresentando uma disponibilidade de 18%, fixando-se novamente na cor vermelha.
Já a barragem do Funcho e de Odelouca registam 61% e 52%, respetivamente, da sua capacidade total de armazenamento de água, com a primeira a subir 10% no armazenamento de água e a segunda a aumentar 8% comparativamente à semana anterior.
Na bacia hidrográfica de Ribeiras do Barlavento, a barragem da Bravura, reservada ao abastecimento, rega e energia, regista 36% da sua capacidade total, tendo subido 7% desde a última análise realizada por parte da APA.
Relativamente à bacia de Ribeiras do Sotavento, a barragem de Beliche apresenta-se com 81% da sua capacidade total de armazenamento e a barragem de Odeleite com 89%.
Destaque ainda para a bacia hidrográfica do Sado, com a barragem Monte da Rocha a registar apenas 19% da sua capacidade total de armazenamento, tendo subido 4% em comparação com o boletim anterior, mas fixando-se ainda na cor vermelha.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.