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– 26-11-2002 |
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Biotecnologia : Lisboa acolhe confer�ncia internacionalO Instituto Superior de Agronomia de Lisboa vai acolher, quinta a sexta-feira, a BioCities 2002 – Biotechnology in Europe, uma confer�ncia internacional que visa discutir medidas que promovam a biotecnologia nas cidades europeias. O programa cient�fico da BioCities 2002, 2� edição de uma primeira confer�ncia realizada no ano 2001 em Hamburgo, inclui debates sobre o impacto social da biotecnologia, os seus desenvolvimentos futuros em v�rios campos de aplica��o (medicina, agricultura e ambiente), o ensino e a circula��o de informação. "A biotecnologia � um conjunto em crescimento de instrumentos para a produ��o de bens e serviços, cuja particularidade reside no facto de serem delineados a partir do conhecimento cient�fico sobre os sistemas e os processos biol�gicos", disse, em declarações � Agência Lusa, F�tima Quedas, presidente do Comit� Cient�fico da Confer�ncia. Considerando que o desenvolvimento global da biotecnologia se está a processar a um ritmo que não trai as expectativas, a professora acredita que, � semelhan�a do que acontece noutras áreas tecnol�gicas, ele está dependente do mercado. "Depende, por um lado, das necessidades, reais ou induzidas, de novos produtos, e, por outro, da estrutura produtiva", disse F�tima Quedas, Também presidente do Centro de Informação de Biotecnologia (CIB) e da Escola Superior Agr�ria de Santar�m (ESAS). "Na Europa h� seguramente procura por mais e melhor Saúde, pelo que desenvolvimentos biotecnol�gicos no campo farmac�utico e m�dico teráo como único limite os princ�pios bio�ticos", disse. Por outro lado, "na Europa h� procura de produtos e serviços relacionados com a conserva��o e a melhoria do ambiente, pelo que desenvolvimentos biotecnol�gicos neste dom�nio (tratamento de res�duos, por exemplo) Também prosseguem a bom ritmo", continuou. No entanto, pelo menos nos países da Europa comunitária, não existe procura de mais alimentos. Mesmo assim, "a satisfa��o alcan�ada com a oferta em quantidade de alimentos abriu espaço para duas novas necessidades: a de alimentos de qualidade e a da preserva��o ambiental", disse, explicando que existem solicita��es para se investir nestas direc��es. "J� noutras regi�es do mundo, como a Am�rica do Norte, a agricultura está muito dirigida ao mercado internacional, havendo uma forte solicitação de desenvolvimentos tecnol�gicos que maximizem o rendimento e tornem cada vez mais baixos os custos de produ��o", indicou. Da� que a primeira gera��o de variedades geneticamente modificadas (uma das aplica��es biotecnol�gicas mais publicitadas) tenha vindo responder, fundamentalmente, a este tipo de solicitação, através de uma redu��o da utiliza��o de pesticidas (Também ben�fica a nível. ambiental) e dos custos inerentes a esta utiliza��o. "Nos países pobres, os entraves ao desenvolvimento da biotecnologia coincidem com os entraves ao desenvolvimento que estes países enfrentam aos mais diversos n�veis, que radicam nas condicionantes pol�ticas locais, regionais e mundiais a que estáo sujeitos", disse. Segundo F�tima Quedas, a biotecnologia pode oferecer, quer ao nível. da produ��o e da multiplica��o de variedades, quer a outros n�veis, produtos e serviços valiosos para os v�rios sistemas de produ��o agr�cola. "� apenas uma questáo de tempo", assegurou. Relativamente � desconfian�a que os aspectos relacionados com a biotecnologia recolhem junto da opini�o pública, centrados nomeadamente nas aplica��es que mexem directamente no ADN humano e nos organismos com utiliza��o alimentar, F�tima Quedas considerou que isso se deve sobretudo a "um imagin�rio que tende a divinizar o ADN e a interpretar a sua manipula��o como uma profana��o". "H� um problema de circula��o de informação desarticulada que, criando a ilusão de informar muito, acaba por informar mal e oferecer uma leitura muito reduzida da vida", indicou. At� porque, uma vez que a biotecnologia se apoia no conhecimento cient�fico sobre sistemas e processos biol�gicos, ela permitirá desenvolver cada vez melhores instrumentos para o estudo, a utiliza��o e a preserva��o dos seres vivos e dos sistemas que estes integram, e novos modelos para várias disciplinas de engenharia, disse. Os trabalhos da reuni�o de Lisboa dever�o reunir centena e meia de especialistas.
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