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– 16-06-2004 |
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Brasil : Exportações de soja para a China estão suspensas por decisão de PequimSão Paulo, Brasil, 15 Jun Roberto Rodrigues adiantou que espera que o problema com a China possa ser resolvido ainda esta semana, caso contrário a suspensão temporária poderá tornar-se permanente. No ano passado, as exportações de soja e óleo de soja para a China representaram 55,2 por cento das vendas do Brasil para aquele país asiático. As exportações para a China atingiram os 4,5 mil milhões de dólares (3,7 mil milhões de euros) em 2003, enquanto as importações foram de 2,1 mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros). No ano passado, a China representou 6,2 por cento das exportações totais do Brasil sendo o terceiro parceiro comercial brasileiro depois dos Estados Unidos da América (22,8 por cento) e da Argentina( 6,24 por cento). A previsão do governo brasileiro é de que a China se torne no segundo parceiro comercial do Brasil este ano. As 23 empresas exportadoras de soja brasileira estão proibidas de desembarcar o produto em território chinês depois de terem sido detectadas sementes tratadas com agrotóxicos. "O impasse comercial com a China e a quebra da safra de soja vai reduzir as exportações de soja em 2004", disse hoje o chefe do Departamento de Comércio Exterior da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) Antonio Donizeti Beraldo. Os cálculos iniciais da CNA apontavam para exportações de soja de 12 mil milhões de dólares (9,9 mil milhões de euros) este ano, mas as previsões actuais rondam os 10,5 mil milhões de dólares (8,7 mil milhões de euros). O governo chinês suspendeu as primeiras compras de soja em Maio no mesmo mês em que o presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva visitou a China a anunciou negócios na ordem dos nove mil milhões de dólares (7,4 mil milhões de euros). O ministro da Agricultura afirmou hoje que caso a suspensão se torne permanente "criar-se-á uma posição quase que intransponível para as exportações de soja para a China". "Ainda não chegamos a este ponto, e espero não chegarmos, porque as negociações com o ministério da quarentena deverão avançar positivamente já esta semana", acrescentou Roberto Rodrigues. Roberto Rodrigues revelou que o governo brasileiro pediu a presença de fiscais chineses no Brasil, para acompanhar a verificação do produto e o embarque de soja. O ministro da Agricultura anunciou que só será permitido o embarque de soja para a China quando uma análise visual detectar apenas uma semente tratada com fungicida por um quilo de grãos. "Se o número de amostras em função do volume do lote for de 10 quilos, então para esses 10 quilos serão tolerados 10 grãos contaminados", referiu Roberto Rodrigues. Os exportadores de soja lembram que os Estados Unidos, por exemplo, permitem três sementes com fungicida para um quilo de grãos, enquanto que os importadores chineses exigem que a soja não tenha nenhuma semente com produtos tóxicos. "Não podemos ficar escravos de exigências descabidas dos chineses. temos de avaliar se ainda compensa negociar com a China" considera César Borges de Sousa, vice-presidente da Caramuru Alimentos, uma das empresas que viram os grãos de soja rejeitados pelas autoridades chinesas. "A situação chinesa causa grande incerteza porque quem vendeu não sabe se desembarcará e quem desembarcou não sabe se vai receber e, a juntar a tudo isto, o governo chinês cortou o crédito de processadores de soja, que procuram cancelar as importações", disse ainda Borges de Sousa. Analistas admitiram hoje à Lusa a possibilidade de a China ter decidido tomar medidas mais rigorosas na importação de soja do Brasil depois dos preços do produto terem caído no mercado internacional. "As encomendas foram feitas quando os preços eram muito mais elevados que os actuais e os importadores podem estar a colocar dificuldades no levantamento do produto para se esquivarem aos pagamentos acordados", disseram os mesmos analistas.
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