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– 20-07-2004 |
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Carne : Agricultores desafiam comerciantes a baixar preços para promover consumoPorto, 19 Jul "Desafiamos o sector do comércio a baixar os preços ao consumidor, em vez de querer obter grandes margens com cada vez menos carne de origem nacional", deliberaram os mais de 100 jovens agricultores hoje reunidos em Vairão, Vila do Conde, para debater a crise no sector de engorda de bovinos para produção de carne. É que, alertam, "se não houver solidariedade na fileira da carne, não restará outra hipótese de sobrevivência que não seja a venda directa do produtor ao consumidor". Em crise desde o surgimento da BSE (conhecida como a doença das vacas loucas), o sector de produção de carne viu as condições de mercado agravarem-se nas últimas semanas, com os preços pagos ao produtor a atingirem "os níveis mais baixos de que há memória", refere a Associação dos Jovens Agricultores do Distrito do Porto (AJADP). Apesar da quebra de cerca de 30 a 40 por cento no preço ao produtor, sobretudo devido à "importação paralela", o escoamento da produção continua "lento e difícil". Segundo a associação, a situação assume particular gravidade no caso dos animais de raça frísia, "cuja carne nunca foi promovida e sempre teve preços mais baixos". A AJADP lamenta que, apesar das verbas comunitárias disponíveis para promover o consumo de produtos agrícolas, a boa carne que se produz na região "nunca tenha sido alvo de promoção". "Esta não é uma crise pontual", sublinha a associação, apelando aos agricultores para que comercializem a carne a preço justo e às organizações do sector para que apresentem propostas de certificação e criação de marcas para a carne da região. Entre as reivindicações dos jovens agricultores do Porto está ainda o reforço da fiscalização no sector, quer ao nível do transporte, quer do comércio e qualidade dos produtos. Em causa está, sobretudo, a venda em Portugal de carne importada a preços abaixo do custo, que indicia que "algo de errado se passa na produção ou no comércio". A AJADP defende também um sistema de rotulagem com indicação da origem do animal, da data e do local de abate, de forma a "seguir o bife do prado ao prato" e "responsabilizar todos os intervenientes no processo". A associação rejeita ainda a proposta da Comissão Europeia de substituir a designação portuguesa na rotulagem por uma denominação genérica de origem UE e reclama o "rápido levantamento" do embargo europeu à carne bovina que permita efectivamente exportar a carne portuguesa. "Depois de todo o esforço efectuado em Portugal no combate à BSE, sabendo que a doença existe também noutros países da União Europeia, não podemos aceitar de ânimo leve que o nosso país receba todo o tipo de carne (alguma de qualidade duvidosa) e não possa exportar os seus melhores produtos", acrescenta a associação. A manter-se a actual crise no sector da produção de carne será inevitável o encerramento de muitas explorações agrícolas, com consequentes reflexos no meio rural em todo o país, sublinha a AJADP.
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