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– 12-09-2008 |
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COMUNICADO DE IMPRENSA Comportamento da Grande Distribui��o amea�a produ��o de leite em PortugalPara o sector l�cteo nacional, o ano de 2007 foi extremamente agitado e dif�cil, na medida em que a car�ncia de matéria-prima e o aumento generalizado dos custos de produ��o levaram a um decréscimo substancial das margens de rentabilidade dos operadores. No in�cio do ano de 2008, iniciou-se um processo de recupera��o dos n�veis de produ��o de leite em Portugal, sendo que presentemente o crescimento hom�logo atinge cerca de 2%. Este facto aparentemente positivo tem, na pr�tica, resultado num entrave suplementar para a fileira agro-industrial, uma vez que a maior oferta de leite não tem sido acompanhado por um aumento dos n�veis de comercializa��o. Tal facto deve-se, essencialmente, ao comportamento da Grande Distribui��o, cujos operadores t�m optado ostensivamente pelas importa��es de leite, através das suas marcas pr�prias. Os dados disponibilizados pelo INE confirmam indubitavelmente este comportamento, pois no primeiro semestre de 2008 as importa��es de leite aumentaram 50% em volume e 80% em valor, comparativamente a igual período de 2007. Na sua maioria, estas importa��es são origin�rias de Espanha e de Fran�a. Esta op��o da Distribui��o, sendo leg�tima do ponto de vista legal, resulta de uma visão puramente economicista de selec��o do abastecimento em função do pre�o e � extremamente redutora, apresentando diversos perigos, nomeadamente: A indiferen�a perante a reconhecida prefer�ncia dos consumidores pela produ��o nacional, A volatilidade e a reduzida sustentabilidade do abastecimento no estrangeiro, as quais colocam em causa a estabilidade da oferta, O pre�o da matéria-prima tem apresentado oscila��es muito significativas, raz�o pela qual a op��o pelo pre�o mais reduzido pode sair muito cara num futuro próximo. � imprescind�vel referir que as importa��es em causa são sobretudo excedentes dos mercados de origem, raz�o pela qual o pre�o praticado não � representativo, nem t�o pouco compar�vel aos restantes. Acresce que no nosso país, em resultado de especificidades ligados aos custos de produ��o mais elevados, � impratic�vel a concorr�ncia com o leite proveniente de mercados marginais da UE. Do ponto de vista sectorial a maior amea�a que se coloca � a pr�pria sobreviv�ncia da fileira l�ctea nacional, pois está em causa o escoamento da nossa produ��o, o qual não se faz sem a interven��o da Distribui��o. além disso, a produ��o de leite tem vindo a debater-se com s�rias dificuldades, em resultado do aumento do pre�o dos factores de produ��o e dos combust�veis, dos obst�culos ao licenciamento da actividade e da sua não nomea��o com sector priorit�rio no acesso aos fundos do Desenvolvimento Rural. Sinal destas dificuldades tem sido as recentes atitudes públicas dos Produtores, demonstrado a sua leg�tima insatisfa��o, não obstante a usual m� pontaria das suas cr�ticas. Sendo assim, alert�mos a Distribui��o para que repense as suas op��es em função deste quadro complexo, numa perspectiva de m�dio/longo prazo, e não tome as suas decis�es �nica e exclusivamente em função de um crit�rio -pre�o-, o qual se tem mostrado t�o inst�vel e por isso t�o pouco cred�vel. não podemos deixar de relembrar o car�cter perec�vel do leite, o qual aconselha o abastecimento de proximidade, ao contrário do transporte de leite ao longo de milhares de quil�metros. No que diz respeito � Administração, apel�mos a que assuma as suas responsabilidades em matéria de regula��o da concorr�ncia e que seja um factor de promo��o da competitividade da fileira l�ctea, por via da redu��o do fardo burocr�tico inerente ao licenciamento da produ��o de leite e da promo��o do apoio no ambito do Programa de Desenvolvimento Rural. Da parte da FENALAC, a sua preocupa��o está centrada nos interesses da fileira, norteada Também pelo seu impacto na criação de emprego, riqueza e bem-estar social. Entendemos que estes valores devem igualmente ser assumidos e valorizados pela Administração e pela Grande Distribui��o, � qual com certeza não interessar� a fal�ncia de um sector econ�mico, com as consequ�ncias sociais que dai resultam. Porto, 12 de Setembro de 2008
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