No dia 14 de março teve lugar, no Auditório da CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal, em Lisboa, o workshop intitulado “O Papel da Digitalização na Agroecologia”. A iniciativa foi promovida pela UNAC – União das Florestas mediterrânicas, no âmbito da apresentação dos resultados projeto europeu “D4AgEcol”, um projeto financiado pelo programa Horizonte 2020 que investiga como as ferramentas digitais podem ser usadas na Agroecologia.
Reunindo cerca de 30 participantes, o workshop pretendeu criar roteiros de políticas sobre como a digitização pode promover a agroecologia, cabendo a Portugal a parte que se relaciona com as agroflorestas. O programa do evento contou com intervenções de especialistas, entre os quais, representantes de entidades públicas e ONG, investigadores e professores universitários, técnicos, entre outros.
O workshop foi dividido em duas partes – Oportunidades e Barreiras e Políticas e Ações – foram abordados uma diversidade de temas, entre os quais, os caminhos para a sustentabilidade, a inovação e digitalização, as oportunidades e barreiras à agroecologia, entre outros. Foram apresentados avanços tecnológicos implementados por projetos de iniciativa nacional nas áreas da digitização nos sistemas florestais, robótica, inteligência artificial, assim como debatidas as poltícias públicas, os mercados, iniciativas empreendedoras, e o futuro em perspetiva para o setor
Na sessão de abertura, Álvaro Mendonça e Moura, Presidente da CAP, contextualizou o evento e referiu dois elementos que obrigam a mudar a forma como se olha para o mundo rural: as alterações climáticas e o mercado e consumidores. Defende o dirigente que “devemos ser competitivos” pois “os consumidores são cada vez mais exigentes”, o que nos obriga a “evoluir para a inovação e digitalização”. António Gonçalves Ferreira, Presidente da UNAC – União das Florestas Mediterrânicas, referiu o projeto D4AgEcol como “um grande projeto europeu” e falou na importância de divulgação de resultados concretos, com base em exemplos práticos já existentes, e a necessidade de os incorporar nas políticas.
O artigo foi publicado originalmente em Rede Rural Nacional.