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– 06-10-2008 |
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Doen�a do Pinheiro: Pre�o da madeira infectada desceu para metadeA doen�a do pinheiro no distrito de Coimbra está provocar a desvaloriza��o em cerca de 50 por cento no pre�o da madeira infectada e existem serra��es que podem encerrar por falta de escoamento, garantem respons�veis do sector. Dirigentes da Associa��o Florestal Caule, da Beira Serra, e da Federa��o Nacional das Associa��es de Propriet�rios Florestais (FNAP) alertam para os problemas que enfrentam v�rios concelhos do interior estáo a sofrer com o problema e acusam o Ministério da Agricultura de falta de interven��o. A madeira de pinho era paga em rolo na regi�o a "42 ou 43 euros a tonelada e neste momento s� rende 31 euros", sublinha Vasco Campos, respons�vel da Caule, acrescentando que os mais prejudicados são os produtores, cuja economia florestal de subsist�ncia está amea�ada. "Para termos uma ideia, um pinheiro seco, infectado pelo nem�todo, vale menos 50 por cento do que um verde", explicou, acrescentando que o "excesso de oferta está Também a fazer cair os pre�os". No local, a agência Lusa verificou uma quantidade interminível. de pinheiros secos que, de acordo com o director executivo da FNAP, Lu�s Alcobia, j� "s� servem para transforma��o em pasta ou res�duos de biomassa". "A maioria da madeira de pinho era exportada para Espanha, mas desde h� cerca de tr�s meses isso não acontece por decisão do Ministério da Agricultura, levando a que as serra��es estejam cheias de madeira excedent�ria que não conseguem escoar", frisa Lu�s Alcobia. Com o fim da exportação, acrescenta, a hip�tese de aproveitar a madeira em rolo � aplicar-lhe um tratamento em calor, numa estufa, infra-estuturas que a maioria das ind�strias da regi�o não tem. "Neste momento algumas serra��es estáo com muitas dificuldades para se manterem e, mesmo aquelas que tratam a madeira com calor, não conseguem voltar a exportar para Espanha", sublinha, por seu lado, Vasco Campos. Doen�a pode ter impacto noutros sectores Vasco Campos garante que o nem�todo j� contaminou uma mancha florestal superior a 100 mil hectares, continuando a alastrar de forma alarmante sem que haja um plano para travar a situa��o, prevendo que, com o avan�ar do tempo, os pre�os da madeira de pinho "ainda baixem mais". além do impacto na economia local, que se está j� a sentir junto dos produtores, temem-se graves efeitos na paisagem, no ambiente e no turismo da Beira Serra. As zonas mais atingidas, de acordo com Vasco Campos, situam-se nos concelhos de Arganil, T�bua e Penacova, onde 80 por cento das amostras recolhidas até ao momento deram positivo, com destaque para a freguesia de Mouronho, em Arganil, onde o panorama � desolador. O presidente daquela Junta de Freguesia, Manuel Gamb�a, disse que "as pessoas estáo a cortar as �rvores e a vend�-las por valor mais baixo, ao desbarato, com receio da doen�a". Na freguesia, maioritariamente constitu�da por área florestal, quase todas as pessoas trabalham no sector, acrescenta o autarca, que salienta a import�ncia do pinhal nas economias familiares. O foco de nem�todo, causador da doen�a do pinheiro, foi detectado pela primeira vez em 1999 na Pen�nsula de Set�bal e, em Abril, voltou a ser encontrado em pinhais da Lous� e Arganil, no distrito de Coimbra. Alarmados com a situa��o, Vasco Campos e Lu�s Alcobia defendem que o Ministério da Agricultura deve atribuir apoios a 100 por cento para o abate das �rvores infectadas e reflorestação das respectivas áreas com outras especies. "Se não houver apoios vamos ter uma altera��o muito complicada da paisagem, com altera��es na fauna e flora e o abandono da floresta, que ficam mais vulner�veis aos inc�ndios", frisou Lu�s Alcobia. Pelos c�lculos do director da Caule, "dentro de cinco a seis anos" todo o país terá manchas de pinheiros contaminadas com o nem�todo "iguais �s que aqui temos", considerando Também inevit�vel a sua propaga��o aos países vizinhos de Espanha e Fran�a. A Associa��o Caule conta com 500 produtores associados e gere Zonas de Interven��o Florestal com 6500 aderentes, nos concelhos de Arganil, Seia, T�bua, Santa Comba D�o, Oliveira do Hospital e Penacova.
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