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– 02-01-2007 |
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Douro: Regi�o tem um problema para resolver e v�rios desafios para ultrapassarPorto, 02 Jan A Comissão Europeia apresentou, a 22 de Junho, um projecto inicial sobre a futura reforma do sector do vinho que prev� a destrui��o de 400 mil hectares de vinha na União Europeia e a diminui��o das ajudas ao sector, sob o argumento da necessidade de se produzir "menos e melhor" vinho. O Parlamento Europeu dar� um parecer sobre esta reforma em Fevereiro e o documento final dever� ser discutido j� durante a presid�ncia portuguesa da União Europeia, no segundo semestre de 2007. A nova OCM para o sector dos vinhos resulta da crise que se instalou no sector devido ao aumento de importa��o, um excesso crescente de produ��o e um decl�nio de consumo, e visa reduzir a produ��o vitivin�cola na Europa, cujos excedentes obrigam, nomeadamente, � destila��o, solu��o que Bruxelas quer proibir. Para a directora-executiva da Associa��o das Empresas do Vinho do Porto (AEVP), Isabel Marrana, esta reforma será "um dos pontos altos" de 2007, pelo que o sector encontra-se "expectante" sobre as altera��es que seráo definidas e introduzidas. "A regi�o deve aproveitar de uma forma equilibrada e estável estas reformas. Manter a produ��o de vinho do Porto estável e potenciar as caracterásticas do vinho do Douro", referiu em declarações � agência Lusa. Para a respons�vel, � necess�rio ainda determinar e definir as prioridades para a regi�o e deixar algum "bairrismo" de lado, em prol da competitividade da regi�o. "Todos os agentes, produtores e comerciantes devem estar mais harmonizados e apostar na uni�o para enfrentar o inimigo que � a concorr�ncia internacional", acrescentou Isabel Marrana, sublinhando que o importante � "pensar a um nível. global". Os agentes estáo Também "� espera" do próximo planeamento para o sector, que dever� ser apresentado pelo Instituto de Vinhos do Douro e Porto (IVDP) em meados de Setembro. A Lusa tentou falar com o IVDP, mas tal não foi poss�vel em tempo �til. Ao nível. das oportunidades, para Isabel Marrana, � preciso continuar a promover o eno-turismo, fazer com que "andem para a frente" os projectos ainda em papel e apostar na notoriedade do Vinho do Porto para promover Também os vinhos do Douro. A solu��o para os problemas financeiros da Casa do Douro Também dever� ser encontrada durante este ano, disse. Criada em 1932, a Casa do Douro vive asfixiada financeiramente com uma d�vida de 127 milhões de euros e enfrentando consecutivamente problemas para pagar os sal�rios dos 80 trabalhadores do quadro privado da instituição. O presidente da Casa do Douro, Manuel Ant�nio Santos, disse, em entrevista � Lusa que o organismo duriense tem em curso uma opera��o financeira, com recurso ao cr�dito, para pôr os sal�rios dos seus funcion�rios em dia, que neste momento ainda não receberam o m�s de Novembro e o subs�dio de Natal. O respons�vel atribui os sal�rios em atraso, � falta de pagamento atempado por parte do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) pelos serviços de cadastro prestados por parte do organismo duriense, designadamente cerca de 900 mil euros. Por sua vez, o IVDP alega uma d�vida anterior não regularizada de dois milhões de euros da Casa da Douro a este instituto, um diferendo que originou que o Ministério da Agricultura ordenasse a realiza��o de uma auditoria �s contas entre os dois organismos e da qual ainda não se conhecem resultados. Manuel Ant�nio Santos reagiu ainda com alguma "cautela" � nova Lei Org�nica do IVDP que está para promulga��o pelo Presidente da República, considerando que h� "alguns elementos que causam preocupa��o". Nomeadamente "a concentra��o do poder no presidente do instituto e a desvaloriza��o do Interprofissional". Na nova lei não está prevista a contrata��o de serviços externos por parte do IVDP, pelo que na regi�o do Douro se teme que não se d� continuidade ao protocolo estabelecido com a Casa do Douro, o que significaria a perda de importantes receitas para o organismo duriense. Manuel Ant�nio Santos prefere não comentar esta questáo, mas salienta o "importante" papel desempenhado pela Casa do Douro para a atribui��o e regulamentação das denomina��es de origem, o designado cadastro. Em 2007, a Casa do Douro comemora 75 anos e, segundo Manuel Ant�nio Santos, a instituição quer manter o seu papel "imprescind�vel" de defesa e representa��o dos cerca de 40 mil viticultores durienses. Este ano será portanto de debate, reflex�o e análise da regi�o que, em 2006, comemorou 250 anos ap�s a demarca��o pelo Marques de Pombal, sobre as raz�es da crise que assola o Douro e o futuro deste territ�rio. Manuel Ant�nio Santos considera mesmo que as comemora��es dos 250 anos do Douro ficaram aqu�m das expectativas devido "� falta de discussão" sobre a regi�o. O respons�vel acredita que os respons�veis pelo poder executivo e legislativo do país v�o ajudar a encontrar solu��es para a Casa do Douro, que, na sua opini�o, poder�o passar pela atribui��o de funções que a instituição j� exerceu no passado, designadamente a possibilidade de intervir no mercado e de escoar vinhos. Defende ainda a criação de uma comissão, no seio do Conselho Regional da Casa do Douro, que com procura��o dos produtores, engarrafadores possa comercializar os seus vinhos. "Ganhando dimensão os viticultores poder�o conseguir até aumentar os pre�os dos seus vinhos", salientou. Relativamente � reforma da Organiza��o Comum de Mercado (OCM) do vinho que a Comissão Europeia quer implementar, Manuel Ant�nio Santos diz que � necess�rio assegurar a possibilidade de a regi�o do Douro poder queimar os seus vinhos excedent�rios para fazer a aguardente necess�ria para a produ��o do Vinho do Porto.
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