Investigadores da Universidade de Duke e da Universidade Estadual da Carolina do Norte conseguiram um avanço significativo na área da edição genética ao descobrirem novos sistemas CRISPR-Cas. O estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
Um dos componentes promissores do sistema CRISPR é chamado SubCas9. Foi isolado da bactéria Streptococcus uberis, que é frequentemente encontrada em vacas leiteiras e também usada em alguns produtos probióticos humanos.
Segundo os investigadores, o SubCas9 é menor do que o tradicionalmente utilizado Cas9. Isto significa que poderia ser mais facilmente incorporado em sistemas de entrega que transferem eficientemente carga para tecidos humanos. Pode também direcionar sequências genéticas diferentes da sua contraparte original. Além disso, o S. uberis não é comum em humanos, ao contrário de outras bactérias de onde as proteínas Cas9 foram isoladas. Por isso, se o SubCas9 fosse utilizado em aplicações terapêuticas, o sistema imunológico humano não o reconheceria com base em exposições anteriores.
“Além do potencial para aplicações terapêuticas, também valorizamos o fato de que as bactérias adaptadas a habitats diversos possuem efetores mais adequados para diferentes tipos de hospedeiros, com muito potencial para descobrir sistemas mais adequados a plantas, animais de criação e aplicações ambientais,” afirmou Rodolphe Barrangou, um dos investigadores.
Mais informação no site da Duke University.
O artigo foi publicado originalmente em CiB – Centro de Informação de Biotecnologia.