O FENAREG CAST, podcast da Federação Nacional de Regantes de Portugal, revela a primeira Comunidade de Energia Renovável na área do Regadio, que acaba de entrar em funcionamento em Aljustrel, no Aproveitamento Hidroagrícola do Roxo.
“Se produzirmos energia mais barata, podemos interferir no preço da água ao agricultor e haverá mais utilizadores interessados em entrar na nossa Comunidade de Energia Renovável, porque vão ter preços mais vantajosos”, explica António Parreira, presidente da Associação de Beneficiários do Roxo (ABROXO).
A ABROXO já produz um terço da energia que necessita a partir de fontes renováveis e prepara-se para iniciar, nos próximos meses, a construção de uma mini-hídrica à saída na Barragem do Roxo, que produzirá 3 mega whats para autoconsumo da Comunidade de Energia Renovável do Roxo.
Os protagonistas deste episódio do FENAREG CAST congratulam-se com a apresentação da Estratégia Água que Une, mas apontam-lhe falta de ambição.
João Dotti, CEO da Magos Irrigation Systems, afirma: “devia de uma vez por todas haver um Plano Nacional da Água, com uma visão de 20 anos e não de 4 ou 5 anos” e considera que o dinheiro público não será suficiente para financiar os 5 mil milhões de euros de investimento previsto na Estratégia até 2030. “Porque é que não se introduz uma varável de investimento privado na questão da água, nós não podemos estar à espera que o Estado pague tudo”, questiona o gestor da Magos SA.
Joaquim Banza, empresário agrícola de Aljustrel, sublinha que “grande parte daquilo que o regadio do Alentejo precisa, do mais antigo, está fora das previsões da Estratégia Água que Une”, mas diz ter esperança: “deu-se um passo em frente, é preciso é não parar com estes investimentos”.
A polémica questão dos transvases entre bacias hidrográficas, em concreto a ligação do Alqueva à Barragem de Santa Clara, é abordada pelos protagonistas com visões distintas.
O FENAREG CAST é patrocinado pela Magos Irrigation Systems.