No passado mês de fevereiro decorreram cinco ações de formação sobre a Monitorização da Saúde do Solo nas Explorações, destinadas a capacitar os 144 técnicos de aconselhamento agrícola que participaram. Estas iniciativas integram-se no Projeto de estabelecimento do Observatório Nacional do Solo, coordenado pela Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), com a colaboração da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT).
Abrangendo as diferentes regiões do continente (tiveram lugar em Coruche, Évora, Faro, Viseu e Vila Real), cada ação de formação contou com uma sessão em sala e com uma sessão em campo.
Na sessão em sala o Professor João Coutinho, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, abordou o tema da colheita de amostras de solo, quer para fins de avaliação da fertilidade do solo, quer em trabalhos de caracterização e monitorização da saúde do solo. O Professor Carlos Guerra, da Universidade de Coimbra, complementou com a apresentação de sistemas territoriais de monitorização do solo, focando-se na amostragem do solo para determinação da biodiversidade.
Na sessão em campo, os bolseiros do IGOT Mariana Conceição e Gonçalo Batista exemplificaram os procedimentos de colheita de amostras de solo para fins de monitorização nacional da saúde do solo, que foram adotados na campanha piloto realizada ao abrigo do Projeto de estabelecimento do Observatório Nacional do Solo e descritos no “Manual de colheita de amostras e de dados no campo: sistema de monitorização nacional do solo”. O Professor Carlos Guerra demonstrou o procedimento de colheita de amostras no âmbito do projeto SoilBon (Soil Biodiversity Observation Network).
A monitorização do solo é crucial para determinar o seu estado de saúde, identificar ameaças e avaliar tendências e evoluções, sejam elas naturais ou resultantes das práticas de gestão implementadas.
Estas sessões de capacitação refletem o compromisso com a formação contínua e a disseminação de conhecimento de norte a sul do país, cumprindo assim os objetivos do Sistema de Conhecimento e Inovação da Agricultura Nacional (AKIS Portugal) e garantindo que os técnicos agrícolas estejam bem preparados para enfrentar os desafios da gestão do solo.
Consulte o “Manual de colheita de amostras e de dados no campo: sistema de monitorização nacional do solo”, elaborado no âmbito do referido Projeto de estabelecimento do Observatório Nacional do Solo.
O artigo foi publicado originalmente em Rede Rural Nacional.