O Governo apresentou o “Plano Floresta 2050”, que visa transformar a gestão da propriedade florestal, fortalecer a resiliência contra incêndios e promover boas práticas no setor.
Com um investimento de 6,5 milhões de euros ao longo de 25 anos, o plano pretende ainda impulsionar a sustentabilidade da floresta em Portugal, através de mecanismos de apoio à gestão florestal e à preservação dos recursos naturais.
De acordo com a comunicação do Executivo, “este investimento será essencial para garantir uma maior resiliência dos ecossistemas florestais e apoiar a transição para um futuro mais verde e sustentável”.
Este “ambicioso instrumento estratégico” estabelece um conjunto de 19 medidas e de 154 ações estratégicas para enfrentar estes desafios a valorizar a gestão da floresta.
Entre as principais metas, destacam-se a melhoria da gestão e conhecimento da propriedade florestal, a valorização da atividade florestal, o incentivo à inovação, o reforço da resiliência da floresta contra incêndios, pragas e espécies invasoras e a simplificação da governação e processos administrativos relacionados com o setor.
“O futuro da nossa floresta depende do contributo e da articulação, da confluência, da convergência e da coordenação entre vários setores da sociedade. Este pacto para a floresta é feito entre ordenamento do território, agricultura, ambiente, educação, com contributos da academia e virado para a inovação”, referiu o primeiro-ministro, Luis Montenegro.
E continua: “Por uma floresta mais resiliente, mais eficiente, como elemento crucial para a biodiversidade, para a retenção de carbono e a prevenção de incêndios, sendo essencial para a agricultura, para a saúde ambiental e económica de Portugal”.
Segundo a nota de imprensa do Governo, a floresta representa 69% do espaço total do país, envolvendo cerca de 92 mil trabalhadores, gerando uma contribuição de 2,6 mil milhões de euros para a economia nacional.
A apresentação do plano foi feita pelo Secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira, que contou com a presença da Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, e do Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, entre vários autarcas de todo o país, assim como representantes das diferentes entidades que contribuíram para a preparação do plano.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.