Nestes tempos de guerra imprevista e imprevisível, muito mais próximo de nós do que alguma vez pudemos imaginar, o tema da autonomia alimentar tem vindo a ganhar peso no espaço público.
Esta autonomia está intrinsecamente ligada à disponibilidade de água a qual há menos de um mês parecia quase insolúvel num prazo razoável e que agora, com a abundante chuva, pode fazer-nos correr o risco de pensar que tudo está resolvido.
Quando falamos de autonomia, ela deve ver-se num duplo sentido: de Portugal em relação ao exterior e dos particulares em relação ao Estado.
Ambas são essenciais.
O Estado, com a iniciativa da Água que Une está a dar-nos bons sinais de que as grandes obras vão mesmo ser feitas.
Cabe-nos estar atentos e pressionar para que os timings e investimentos previstos sejam cumpridos.
Estes ajudarão fortemente a garantir e aumentar a autonomia em relação ao exterior, pecando apenas pelo tempo que demorarão a ser realizados.
É aqui que entra a autonomia dos privados em relação ao Estado.
A aparente abundância de água nas barragens não deve adormecer a nossa determinação de aumentar a nossa capacidade de armazenamento e acesso, e essa só será conseguida através de mais charcas e do estudo e exploração das águas subterrâneas que não podemos negligenciar.
Este pequeno texto é apenas um alerta que nos pareceu importante.
Num dos próximos textos daremos mais dados relativamente a estas fontes alternativas, às quais no entanto o pequeno artigo sobre a visita da Sawaco já faz referência.
Reconhecendo que estas iniciativas individuais esbarram muitas vezes na inércia da máquina pública, sugerimos que nos mantenham informados.
Nunca podemos garantir resultados mas prometemos sempre empenho total e temos já um “track record” bastante positivo quanto às diligências que temos feito.
Luís Mesquita Dias
Presidente da Direção
Fonte: AHSA