
Desde o início do ano e até ao dia 25 de agosto, a Guarda Nacional República registou 4348 crimes de incêndio florestal, o que resultou na detenção de 45 pessoas e na identificação de outras 451, segundo dados do ministério da Administração Interna a que o Expresso teve acesso.
O verão de 2019 tem sido um dos mais calmos da última década: até à data, registaram-se apenas 7915 incêndios em Portugal e arderam 27136 hectares. É preciso recuar a 2014 para encontrar um ano com tão poucos fogos.
A operação “Floresta Segura 2019” da GNR arrancou a 15 de janeiro. Desde então, os agentes realizaram “cerca de 6 114 ações de sensibilização” e alcançaram “121 mil pessoas”, avança o MAI.
Segundo o ministério tutelado por Eduardo Cabrita, as “principais questões apresentadas [pela população] incidem sobre as medidas de proteção entre as casas e a vegetação limítrofe e na identificação de espécies que carecem de gestão, nos prazos para cumprir a gestão de combustível e em determinar, em algumas situações, quem é o responsável pela gestão de combustível”.
Quanto à fiscalização, até 25 de agosto, a GNR elaborou 5 209 autos de notícia por contraordenação, devido à falta de gestão de combustível (limpeza de terrenos). A força policial registou ainda 593 autos de notícia por contraordenação por incumprimentos das normas para a realização de queimas e queimadas.