Num mundo cada vez mais instável, garantir segurança e soberania alimentar deixou de ser uma ambição para se tornar uma necessidade estratégica. Foi nesse espírito que, no passado dia 9 de abril, no Instituto Superior de Agronomia, foi apresentada a Estratégia +Cereais — um plano de ação que traça o caminho para reforçar a autonomia nacional na produção de cereais.
Entre as medidas estruturantes desta estratégia, destaca-se a criação de uma Organização Interprofissional para os Cereais Praganosos e o Milho para Grão. Um projeto que pretende reunir, num esforço concertado, todos os elos da cadeia — da produção à investigação, da transformação à distribuição — com o objetivo de valorizar a produção nacional e garantir um setor mais resiliente, competitivo e alinhado com os desafios globais.
A importância desta missão levou a ANPOC (Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais), a ANPROMIS (Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo), a APED (Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição), a APIM (Associação Portuguesa de Indústria de Moagem), a associação Cervejeiros de Portugal e a IACA (Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais) a assinarem um Memorando de Entendimento que formaliza a vontade comum de avançar com esta estrutura.
Este compromisso conjunto assinala o início de uma nova fase na fileira dos cereais, marcada pelo diálogo, pela cooperação e pela valorização do que é nosso.
Mais do que um acordo, este memorando é o reconhecimento claro de que o futuro da nossa alimentação começa com um cereal nacional valorizado e com voz própria.
Fonte: ANPROMIS e ANPOC