O Secretário-Geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Luís Mira, participou hoje na sessão plenária do Comité Económico e Social Europeu (CESE), onde dirigiu uma intervenção ao Comissário da Agricultura e Alimentação, Christophe Hansen, sobre o futuro da Política Agrícola Comum (PAC) e os desafios que o setor agrícola enfrenta.
Na sua intervenção, Luís Mira felicitou a Comissão pela apresentação do documento estratégico “A Visão para a Agricultura e Alimentação para o Futuro”, reconhecendo que a visão e os objetivos apresentados estão alinhados com as necessidades do setor agrícola e dos agricultores europeus. Contudo, sublinhou que, para concretizar esta visão, é essencial garantir o orçamento comunitário necessário para cumprir os objetivos propostos.
Luís Mira questionou diretamente o Comissário Christophe Hansen:
- Podemos ter a garantia de que fará tudo ao seu alcance para aumentar o orçamento destinado à Política Agrícola Comum (PAC)?
Além disso, abordou o mecanismo da PAC, destacando a importância de manter os dois pilares desta política:
- Podemos contar com o seu compromisso de manter os dois pilares da PAC, assegurando estabilidade, previsibilidade e medidas de longo prazo para que os agricultores europeus possam gerir as suas explorações de forma mais competitiva, especialmente num contexto de verdadeira guerra comercial a nível internacional?
Luís Mira alertou para os riscos de substituir os dois pilares da PAC por um fundo único para gerir todos os recursos, sublinhando que a PAC é a única política verdadeiramente comum a todos os Estados-Membros. Qualquer tentativa de diluir a sua especificidade ao misturá-la com outros fundos europeus seria desastrosa, comprometendo a eficácia das medidas e a capacidade de apoiar os agricultores de forma adequada.
Por fim, Luís Mira fez um apelo ao Comissário Christophe Hansen para que garanta uma PAC estável com uma duração mínima de 7 anos, ao contrário dos dois últimos períodos de programação, que trouxeram incertezas ao setor. Reforçou que a estabilidade e previsibilidade são essenciais para que os agricultores possam planear e gerir as suas explorações de forma sustentável e competitiva.
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) reafirma o seu compromisso em defender os interesses dos agricultores portugueses e em trabalhar para garantir um setor agrícola forte, inovador e sustentável, que contribua para a segurança alimentar e a soberania da Europa.
Aceda aqui ao vídeo da intervenção: https://we.tl/t-JQSz6QeV7Y
Fonte: CAP