A recuperação do último reduto da linha de bitola estreita em Portugal passa pela “limpeza” dos taludes que ladeiam a ferrovia numa extensão de 16 quilómetros, no concelho de Águeda.
O mal-estar da população residente na pequena localidade de Jafafe, freguesia de Macinhata do Vouga, concelho de Águeda, que se insurge contra o corte de sobreiros, expressa-se com faixas de protesto e a colocação da bandeira nacional nas árvores que ladeiam a linha férrea até Espinho para impedir o abate de mais de 300 enormes árvores. O pior é o que se vê à volta desta revolta. Alguns dos enormes exemplares já não estão lá, muitos outros exibem uma cinta de tinta branca que marca o seu fim. Tudo para reabilitar um troço da linha férrea onde, no passado, passava o “Vouguinha”.
O Núcleo Regional da Quercus recebeu queixas da população “indignada” e repudia acção que está a ser executada por uma empresa, subcontratada pela Infra-estruturas de Portugal (IP), desde o dia 21 de Março. De acordo com o Núcleo Regional da Quercus em Aveiro, o corte das árvores terá sido ordenado porque o ramal ferroviário, o último reduto da linha de bitola estreita em Portugal, onde há décadas circulava o “Vouguinha”, vai ser reactivado entre Sernada do Vouga e Espinho para receber uma composição a carvão.
No entanto, segundo a Quercus, a maioria dos sobreiros que estão a ser cortados não representam perigo de queda e nem todos estão na faixa de gestão de combustível dos 10 metros. Alguns encontram-se em zona urbana ou agrícola esclarece a Quercus, acrescentando que […]