Num momento crítico para o futuro do mercado de carbono e em plena consulta pública sobre a primeira metodologia proposta pela Comissão Técnica de Acompanhamento do Mercado Voluntário de Carbono, a consultora portuguesa NBI – Natural Business Intelligence lança um novo critério de integridade – a Adicionalidade Ecológica – que promete revolucionar a forma como se avaliam os projetos de compensação de carbono, garantindo que também beneficiam a biodiversidade e os ecossistemas.
A NBI – Natural Business Intelligence, consultora especializada na valorização de capital natural, aposta no reforço da credibilidade e eficácia dos mercados de carbono: a criação de um novo princípio de integridade, a Adicionalidade Ecológica*. Numa altura em que o mercado voluntário de carbono enfrenta crescentes desafios reputacionais, e em que se exige mais das soluções climáticas, a NBI propõe elevar a fasquia: garantir que os créditos de carbono reconheçam, não apenas a compensação das emissões de gases com efeito de estufa, mas também benefícios adicionais concretos para a biodiversidade e para os serviços dos ecossistemas.
A proposta surge em plena consulta pública sobre a primeira metodologia proposta pela Comissão Técnica de Acompanhamento do Mercado Voluntário de Carbono em Portugal, até ao final de abril, e pretende contribuir para que o país lidere uma transição mais ambiciosa e regenerativa.
Nuno Gaspar de Oliveira, Cofundador e CEO da NBI assinala que “É fundamental diferenciar o sequestro de uma tonelada de carbono a partir de um hectare de plantação florestal ou gerada por um mosaico de restauro ecológico, ambas as opções são viáveis, mas distintas no seu valor intrínseco de capital natural. A nossa proposta de Adicionalidade Ecológica assegura que os projetos de carbono também regeneram a natureza de forma mensurável, criando valor real e tangível para o clima, para a biodiversidade e para as comunidades locais.”.
A NBI defende que este novo padrão permitirá distinguir projetos verdadeiramente regenerativos de soluções simplificadas que apostam em plantações florestais, que sequestram carbono, mas, por outro lado, contribuem modestamente para os ecossistemas locais. “O mercado de carbono, embora crucial na luta contra as alterações climáticas, tem sido criticado pela sua limitação de foco exclusivo nas emissões de carbono. A proposta da NBI para uma “Adicionalidade Ecológica” amplia este horizonte: pretende assegurar que cada crédito de carbono reconhece também o valor da biodiversidade restaurada, dos serviços dos ecossistemas e da regeneração dos territórios.”, reforça Nuno Oliveira.
Desta inquietação surgiu a necessidade da criação do critério de Adicionalidade Ecológica, com a ambição de ampliar a visão tradicional dos mercados de carbono, ao avaliar também os benefícios mensuráveis para a biodiversidade e os serviços dos ecossistemas, através dos principais critérios propostos:
- Diagnóstico ecológico de base e definição de indicadores de biodiversidade claros e auditáveis;
- Verificação da recuperação de habitats e aumento da diversidade de espécies;
- Integração de serviços dos ecossistemas, como retenção de água, fertilidade do solo e conectividade ecológica;
- Monitorização da permanência ecológica a longo prazo.
Esta visão poderá colocar Portugal na vanguarda da transição para uma economia verdadeiramente positiva para a natureza, estando a NBI na frente de uma nova geração de soluções climáticas e naturais, alinhadas com frameworks internacionais emergentes. Ao propor um novo critério técnico para os mercados de carbono, a NBI convida entidades públicas, empresas e investidores a integrar a biodiversidade nas suas estratégias climáticas.
Na sua génese, a NBI juntou dois mundos fundamentais – o do conhecimento técnico e científico em ecologia e o desenvolvimento de novos modelos de economia natural – com a visão que a palavra sustentabilidade, que hoje vive uma “fadiga” conceptual – e prática – deve ser transformada em “Economia Natural”. Com uma equipa de 17 pessoas composta por consultores, biólogos, engenheiros, analistas de data e especialistas em ecossistemas, a NBI desenvolve estratégias Nature Positive, ocupando uma posição de liderança nacional.
*Nota: Embora o conceito de “adicionalidade ecológica” ainda não esteja formalmente definido nos mercados de carbono, várias iniciativas internacionais já integram elementos próximos. Standards como o Verra+CCB, Plan Vivo e o Gold Standard exigem ou recomendam indicadores ecológicos mensuráveis, incluindo recuperação de habitats, conservação de espécies e reforço dos serviços dos ecossistemas. Iniciativas emergentes como a NaturePlus e a Biodiversity Credit Alliance vão mais longe, propondo frameworks para créditos especificamente centrados na biodiversidade. A proposta da NBI vem assim consolidar e expandir esta tendência, posicionando a adicionalidade ecológica como uma nova camada de integridade no mercado de carbono — clara, mensurável e transformadora.
Fonte: NBI