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– 26-09-2009 |
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Nordeste Transmontano: 4 milhões para expandir a ra�a mirandesaOs respons�veis pela ra�a mirandesa preparam-se para investir quatro milhões de euros na expansão de uma das imagens de marca do Nordeste Transmontano que quer assumir-se como alternativa � crise na agricultura. "Crescer" � a palavra de ordem num mercado onde a procura supera a capacidade de resposta dos produtores de carne Mirandesa, um dos poucos produtos que resistiu, nos �ltimos anos, � queda acentuada do pre�o pago ao produtor. Enquanto outras carnes e produtos como o cereal ou o azeite sofreram quebras de rendimento levando agricultores a abandonarem as produ��es, a mirandesa manteve os pre�os. As contas, ontem reveladas � Lusa, são de Fernando Sousa, secret�rio-t�cnico da ra�a, que considera que a mirandesa "� a alternativa" e que a crise pode ser uma janela de oportunidades. O respons�vel acredita ser poss�vel atrair agricultores que estáo a perder rentabilidade noutras actividades e a ra�a mirandesa – que durante gera��es funcionou como complemento � lavoura – passar a ser um suporte da actividade agr�cola. Os novos desafios estar�o em debate hoje, s�bado, em Miranda do Douro, num encontro para assinalar tr�s anivers�rios da ra�a aut�ctone transmontana certificada e protegida pela União Europeia. A ra�a mirandesa celebra o centen�rio da publicação do decreto-lei que instituiu o registo de descend�ncia, as bodas de ouro do Livro Geneal�gico e os vinte anos da associa��o de criadores. O solar da ra�a � o Nordeste Transmontano, onde se encontra a maior parte dos 567 produtores, sendo prop�sito da associa��o alarga-lo de Bragan�a a �vora. O n�mero de produtores ficou reduzido a um teráo em pouco mais de uma d�cada, mas o efectivo manteve-se, no entanto, e as explora��es cresceram em n�mero de animais. Os produtores recebem um subs�dio da União Europeia que pode chegar aos 600 euros anuais por cabe�a. A venda de um vitelo pode render 800 euros. Ao mercado chegam 360 toneladas de carne mirandesa por ano, o equivalente ao consumo anual de carne da cidade de Bragan�a. As dez ra�as autoctones do país representam apenas cinco por cento do consumo nacional de carne. Um "nicho" que se distingue pela qualidade e que Fernando Sousa compara a uma "micro empresa" cujo volume de neg�cios total desconhece, mas � rent�vel. S� o agrupamento movimenta dois milhões de euros/ano. A Posta � Mirandesa � o peda�o de carne mais conhecido da regi�o, a que dever�o juntar-se novos produtos na unidade industrial projectada h� cinco anos para Vimioso. Fernando Sousa está convencido de que o projecto vai finalmente avan�ar, aguardando apenas a aprova��o de uma candidatura ao PRODER, que dever� financiar 40 por cento dos quatro milhões necess�rios para o projecto. Os enchidos de carne de vaca são uma das apostas dos produtores que querem agora lan�ar-se no mercado da exportação, come�ando por Paris, onde um distribuidor j� faz chegar a mirandesa. A capital francesa � a localiza��o pensada para a primeira loja conceptual ainda em fase de projecto, quer será um espaço de degusta��o e aproxima��o aos consumidores.
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