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– 17-06-2008 |
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O sobreiro, uma barreira contra a desertifica��oEm 2020, num cen�rio de gestáo florestal inadequada das florestas de sobreiro o avanão da desertifica��o a uma taxa superior a 1.000 m/ano será uma realidade, de acordo com um novo relatério da WWF, World Wide Fund for Nature e do CEABN / ISA, Centro de Ecologia Aplicada Professor Baeta Neves do Instituto Superior de Agronomia que � apresentado hoje, Dia Mundial da Luta Contra a Desertifica��o. O relatério O sobreiro, uma barreira contra a desertifica��o indica que a futura sobreviv�ncia das florestas de sobreiro depende fortemente de uma gestáo adequada e que o sobreiro, esp�cie emblem�tica da floresta portuguesa, � um instrumento fundamental no combate � desertifica��o em Portugal, desde que gerido de forma adequada, cabendo-lhe desempenhar um papel decisivo na preven��o da degrada��o dos solos. As florestas de sobreiro, formando sistemas ecol�gica e economicamente sustent�veis, funcionam como um importante instrumento de preven��o contra a desertifica��o. De facto, desde que adequadamente geridos, estes sistemas, geram n�veis elevados de biodiversidade (foram identificadas numa área de sobreiro na Serra de Gr�ndola 264 especies de fungos, 50 musgos, 308 plantas vasculares , 140 insectos, 6 especies de peixes, 12 anf�bios, 13 r�pteis, 73 aves e 14 mam�feros; rapinas amea�adas como a �guia de Bonelli e mam�feros como o Lince Ib�rico, o felino mais amea�ado do mundo, t�m nas florestas de sobreiro o seu habitat de elei��o); melhoram a matéria org�nica dos solos (ao retirarem os nutrientes de n�veis mais profundos, devolvem-nos ao solo com a queda das folhas, originando solo produtivo); contribuem para a regula��o do ciclo hidrol�gico (ao aumentar os n�veis de matéria org�nica dos solos, contribuem para uma melhor reten��o de �gua, facilitam a sua infiltra��o no solo e diminuem as perdas por escoamento superficial, regulando o ciclo hidrol�gico) e travam o despovoamento (ao constitu�rem-se como sistemas agro-florestais economicamente vi�veis: extrac��o da corti�a (500 Euros/ha) pecu�ria (70 Euros/ha), a ca�a (15 Euros/ha), o mel, as plantas arom�ticas e os cogumelos (8 Euros/ha). Se se quiser combater a desertifica��o � essencial utilizar o sobreiro como esp�cie priorit�ria, mantendo a sua mancha de distribui��o, mas Também a sua densidade, que vem decrescendo nos �ltimos anos. O aumento da densidade do sobreiro está intimamente relacionada com a gestáo adequada e eficiente dos povoamentos. Num cen�rio, de gestáo adequada dos povoamentos de sobreiro, prev�-se que em 2020 os n�veis de densidade de 1995 possam ser repostos; apenas 20% dos povoamentos teráo menos de 40 �rvores por hectare e metade dos povoamentos mais de 80 �rvores por hectares; ou seja, a qualidade das florestas de sobreiro aumentar� e assim estas teráo maiores condi��es para funcionar como barreira contra a desertifica��o. Ao contrário, com uma gestáo inadequada, os indicadores de densidade dos povoamentos de sobreiro e de área florestal nacional continuar�o a regredir, prevendo-se que, em 2020, 40% dos povoamentos tenham menos de 40 �rvores por hectare, apenas 15% mais de 80 �rvores por hectare e a área florestal regrida 1%/ano. Outra das conclus�es do relatério � que a área de distribui��o do sobreiro pode expandir-se para Norte, uma medida reactiva num cen�rio irrevers�vel de altera��es clim�ticas e avanão da desertifica��o. Neste cen�rio de expansão do sobreiro e prevendo-se a manuten��o da actual taxa nacional de esfor�o de arboriza��o de 1%/ano, numa estratégia de adapta��o da floresta �s altera��es clim�ticas, este esfor�o dever� conduzir em 2020 ao aumento em cerca de 20% da actual área de distribui��o do sobreiro, contribuindo para a manuten��o da fronteira da desertifica��o pr�xima dos limites actuais. A WWF e o CEABN acreditam que a manuten��o do sobreiro na mancha de distribui��o tradicional a sul do Tejo e a expansão para Norte são as solu��es. Pelo contrário, a regressão do sobreiro arrastar� a desertifica��o. Lu�s Silva da WWF afirma que "A floresta Portuguesa poder� enfrentar uma crise ambiental e econ�mica que arrastar� a fronteira da desertifica��o em Portugal para norte, a não ser que actuemos agora no sentido de a adaptar aos cen�rios de altera��es clim�ticas. � vital que produtores, gestores, Governo e ind�stria reconhe�am a import�ncia das florestas de sobreiro e da sua gestáo sustent�vel, no combate � desertifica��o, optando por esquemas de certifica��o florestal, como o FSC, que asseguram simultaneamente a rela��o com o mercado e a aplica��o de boas pr�ticas de gestáo." Francisco Castro Rego do CEABN apela ainda "� criação de um Programa de protec��o integrada contra pragas e doen�as do sobreiro e a adapta��o do mercado do carbono aos territ�rios suscept�veis � desertifica��o, através da criação de formas de compensa��o da baixa produtividade dos projectos de sequestro nestes territ�rios, tornando-os mais atractivos ao investimento."
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