Se os copos servem todos para a mesma função (beber)? Claro que sim! Se são todos iguais? Claro que não. E é uma pena abrir uma boa garrafa de vinho à temperatura ideal, servir o vinho no momento certo, quando o copo não é perfeito! No extremo oposto está a fixação no copo como elemento crucial e se é dado a excessos, mais vale ir por esta via. A sempre vanguardista Riedel acaba de colocar no mercado uma das séries mais excitantes de copos.
Na selva comercial dos acessórios de serviço de vinho, os mais desejados pelos enófilos são sem dúvida os bons copos. E se há trinta anos havia apenas os bons e os maus, hoje há muito por onde escolher. Entendo por bom copo aquele que permite arejar o vinho e por isso vai evoluindo connosco ao longo da refeição, abrindo novos aromas e revelando novas camadas de sabor. Mesmo quando é semelhante na forma, um copo de vidro simples não cumpre a função. Elasticidade, espessura fina e aspetos dinâmicos da prova como o primeiro contacto do vinho com a língua fazem toda a diferença. Depois, há aspetos subjetivos mas igualmente importantes como transparência e leveza que também contam muito e ajudam a uma melhor avaliação do vinho. Quando conheci Georg Riedel, há quase vinte anos, tive o privilégio de uma aula privada sobre o assunto e fiquei extasiado com o mundo fascinante dos copos topo de gama para provar vinhos. Era então o representante da décima geração na empresa familiar austríaca com o seu nome e em boa verdade a ele o mundo inteiro deve a definição precisa de bateria de copos para prova, cada um orientado para um estilo específico de vinho.
Maximilian Riedel é filho do grande Georg e esteve em Portugal a apresentar a série Riedel Veloce de copos que na função igualam a dos geniais e originais copos inteiramente feitos à mão, mas que são inteiramente feitos por processos mecânicos. Foi-me dado o privilégio de um “test drive” a 4 dos 8 copos que compõem a nova coleção. […]