|
|
|
|
|
– 29-05-2002 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] [ Internacional ] |
Pol�tica da pesca da UE: Comissão elabora uma reforma para oferecer um futuro ao sector das pescas da UEIP/02/764 Bruxelas, 28 de Maio de 2002 Na sequ�ncia de consultas exaustivas com os interessados do sector, a Comissão Europeia apresentou, hoje, um pacote de reforma ambicioso. A Comissão prop�e acabar com o ritual anual de fixação das quotas de pesca em n�veis demasiado elevados. No futuro, os TAC dever�o ser fixados no ambito de um plano de gestáo plurianual, com base nos pareceres cient�ficos mais recentes, por forma a garantir que um n�mero suficiente de peixes permane�a no mar e reconstitua as unidades populacionais. A Comissão pretende fazer face �s capacidades excedent�rias da frota através da eliminação dos aux�lios públicos para a introdu��o de novos navios de pesca. Assim, passar�o a estar dispon�veis mais verbas da UE para auxiliar os pescadores a encontrar empregos alternativos e para reestruturar o sector. A Comissão defende igualmente a aplica��o de san��es uniformes e mais severas em toda a UE. Os controlos seráo refor�ados com a instituição de uma estrutura comum de inspec��o da UE. Para que os pescadores, a ind�stria, as ONG, as regi�es e outros interessados se sintam mais próximos da PCP, a Comissão prop�e a criação de conselhos consultivos regionais. Para obter pescarias sustent�veis fora das �guas comunitárias com base numa coopera��o internacional mais intensa, o pacote de reforma inclui um plano de ac��o contra a pesca ilegal e uma estratégia para a UE em matéria de desenvolvimento de parcerias com países terceiros no dom�nio hali�utico. (Para mais informações sobre a proposta de hoje, ver .) "A pesca na UE chegou a um ponto decisivo. Se quisermos oferecer um futuro aos nossos pescadores, necessitamos de uma nova PCP. Ou temos a coragem de adoptar reformas corajosas agora ou assistimos ao esmorecimento do nosso sector das pescas nos próximos anos. A corrida desesperada pelos peixes tem de cessar. As sobrecapacidades são o inimigo não s� das unidades populacionais de peixes como do futuro dos nossos pescadores. Queremos que, em vez de a prejudicar, as ajudas contribuam para a conserva��o dos recursos. Queremos mais dinheiro para auxiliar os pescadores, mais dinheiro para demolir os navios e acabar com as ajudas para a constru��o de novos navios. S� através de um equil�brio adequado entre a nossa frota e os peixes dispon�veis � que conseguiremos oferecer estabilidade econ�mica � frota da UE e manter o emprego nas zonas costeiras. A Comissão está determinada a acabar com a fixação anual de quotas de pesca em n�veis irrealistas. Pretendemos obter uma abordagem a longo prazo, que permita a recupera��o das unidades populacionais em decl�nio e confira uma maior estabilidade aos pescadores por forma a que possam planear o futuro. Para lutar contra os que não obedecem �s regras, propomos controlos mais eficazes e san��es mais severas e mais uniformes. Estamos a estabelecer um plano de ac��o para lutar contra a pesca ilegal e garantir a exist�ncia de pescarias sustent�veis fora das �guas da UE. Coloc�mos hoje a primeira pedra para a exist�ncia de um sector das pescas da UE saud�vel ao nível. social, econ�mico e ambiental", declarou Franz Fischler, Comissário respons�vel pela agricultura, o desenvolvimento rural e as pescas. Obter uma frota de pesca da UE mais pequena mas vi�vel…Dada a necessidade urgente de reduzir o esfor�o de pesca, o recurso a aux�lios públicos para a constru��o de novos navios ou para tornar os navios existentes mais eficientes afigura-se contraproducente e deixou de se justificar. Os aux�lios públicos deixar�o de ser atribuídos para a moderniza��o da frota, actualmente j� sobrecapacit�ria. Os aux�lios seráo limitados �s medidas que melhoram a segurança a bordo dos navios e não estáo relacionadas com a capacidade em termos de arquea��o ou pot�ncia. Em vez de atribuir verbas para a constru��o de novos navios que se adicionar�o a uma frota sobrecapacit�ria, a Comissão pretende utilizar as verbas públicas para eliminar as capacidades de pesca excessivas e auxiliar os pescadores a sair do sector e encontrar empregos alternativos ou a reformar-se. Com base nos pareceres cient�ficos actuais sobre as principais unidades populacionais de peixes da UE e nas estimativas das actividades das frotas em causa, estima-se que a necess�ria redu��o do esfor�o de pesca (entre 30 e 60%, consoante o estado das unidades populacionais e as regi�es) no ambito dos planos de gestáo plurianuais resulte na retirada de cerca de 8 600 navios, que representam 8,5% do n�mero de navios de pesca da UE e cerca de 350 000 GT ou 18% da arquea��o. Para incentivar a necess�ria demoli��o de navios, a Comissão prop�e a reprograma��o dos fundos actualmente dispon�veis a t�tulo do apoio ao aumento das capacidades, a exportação de navios ou a constitui��o de sociedades mistas no ambito do Instrumento Financeiro de Orienta��o das Pescas (IFOP), assim como uma verba suplementar de 272 milhões de euros a t�tulo de ajuda de emerg�ncia para a demoli��o, no período 2003 a 2006, que dever� completar os fundos do IFOP. Os navios for�ados a reduzir as suas actividades em mais de 25% por for�a dos planos de gestáo plurianuais seráo eleg�veis para um aumento de 20% do nível. dos prémios � demoli��o actualmente dispon�veis no ambito do IFOP. … e ao mesmo tempo apoiar os pescadores através de um plano de ac��o socialOs aux�lios públicos que, durante muito tempo, estiveram dispon�veis para modernizar a frota de pesca fomentaram a exist�ncia de sobrecapacidades.Ora, entre 1991 e 1998, registou-se, no sector das capturas, uma perda de perto de um quarto dos empregos (66 000 no total).Actualmente, nas �guas da UE, dez navios estáo a perseguir peixes que cinco ou seis navios poderiam capturar sem prejudicar as unidades populacionais ou danificar o ambiente. A Comissão está ciente de que a redu��o da frota e a reestrutura��o do sector terá um custo em termos de empregos. Em consequ�ncia, prop�e a reprograma��o da ajuda actualmente disponível. no ambito do Instrumento Financeiro de Orienta��o das Pescas (IFOP) para a renova��o e moderniza��o da frota no período 2003-2006.A reprograma��o permitiria libertar cerca de 460,6 milhões de euros que poderiam ser utilizados para auxiliar os pescadores a reconverter-se noutras actividades. A Comissão estima poder�o ser posteriormente necess�rios recursos suplementares para ac��es sociais num montante de 88 milhões de euros. Com a reforma, estar�o dispon�veis mais fundos da UE para:
Na UE, 80% das zonas dependentes da pesca estáo situadas em regi�es dos objectivos n� 1 ou n� 2.Também estáo dispon�veis fundos comunitários no ambito do Fundo Social Europeu (FSE) para auxiliar os pescadores a partir para a reforma antecipada ou a seguir uma forma��o, a fim de poder trabalhar fora do sector das pescas. O Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) apoia medidas para a diversifica��o das actividades econ�micas. A Comissão organizar� debates bilaterais com os Estados-Membros a fim de avaliar o impacto prov�vel no emprego das medidas propostas e examinar as possibilidades de adapta��o destes fundos assim como do IFOP. Ser�o devidamente tidas em conta as necessidades das regi�es ultraperif�ricas. Com base nessas consultas, a Comissão apresentar� um plano de ac��o para fazer face �s consequ�ncias socioecon�micas da reestrutura��o do sector das pescas. O plano tratar� das necessidades financeiras. Se forem necess�rias mais ajudas ap�s a reprograma��o, a Comissão procurar� identificar as fontes poss�veis de apoio suplementar do or�amento da UE para 2004 ou para os anos seguintes. Um sistema mais simples para limitar a frota de pesca da UEOs Estados-Membros seriam obrigados a manter as capacidades das suas frotas nos limites de refer�ncia fixados no Programa de Orienta��o Plurianual (POP IV) para 31 de Dezembro de 2002.O sistema dos POP em si seria eliminado. Os limites seriam reduzidos no respeitante a qualquer capacidade retirada com aux�lios públicos. Os Estados-Membros teriam de garantir que as capacidades retiradas com aux�lios públicos não fossem substitu�das. além disso, nenhum navio seria autorizado a ingressar na frota até ter sido definitivamente retirada uma capacidade equivalente sem aux�lio público. Estas medidas conduziriam a uma frota mais pequena, mas cujo esfor�o de pesca corresponderia melhor aos recursos dispon�veis. Uma abordagem a longo prazo em matéria de conserva��o das unidades populacionais e de protec��o do ambienteA adop��o de medidas a curto prazo s� adia decis�es inevit�veis e permite, assim, a perpetra��o da sobrepesca e a degrada��o do meio marinho. Em consequ�ncia, a Comissão prop�e planos de gestáo a longo prazo para as unidades populacionais de peixes, baseados em pareceres cient�ficos s�rios. Os planos acabariam com a mesquinhez pol�tica verificada de ano para ano aquando da fixação dos totais admiss�veis de capturas (TAC) e passariam a fixar objectivos de captura plurianuais dentro dos limites biol�gicos seguros, assim como um esfor�o de pesca adaptado aos referidos objectivos. O Conselho fixaria as capturas e os limites do esfor�o de pesca para a primeira campanha de pesca com base nos objectivos fixados no plano e nos pareceres cient�ficos mais recentes sobre o estado das unidades populacionais. Nos anos seguintes, a Comissão, apoiada por um Comit� de Gestáo, seria incumbida da execução do plano, com base nos pareceres cient�ficos mais recentes. Em termos pr�ticos, este processo significa que as capturas seriam calculadas atendendo � quantidade m�xima de peixes que pode ser removida pela pesca, por forma a garantir que uma dada quantidade de peixes adultos da unidade populacional, superior aos limites m�nimos aceit�veis de um ponto de vista biol�gico, permane�a no mar. Este tipo de abordagem permitiria evitar as flutua��es bruscas dos TAC de ano para ano, que não permitem aos pescadores planear as suas actividades de pesca. Para refor�ar a conserva��o no Mediterr�neo, a Comissão convidar� os Estados-Membros a examinar uma abordagem coordenada em matéria de instituição de zonas de protec��o da pesca mais vastas (actualmente, a maior parte dos Estados do Mediterr�neo não pretende exercer a sua jurisdi��o para além do limite das 12 milhas das �guas territoriais). Propor� ainda medidas comunitárias para as unidades populacionais de peixes altamente migradores e outras unidades populacionais partilhadas com frotas não comunitárias. além disso, tomar� iniciativas para refor�ar a coopera��o com os seus parceiros internacionais, por forma a incentivar o desenvolvimento de medidas de gestáo aplic�veis em todo o Mediterr�neo. Melhor protec��o dos peixes juvenis, dos golfinhos e dos tubar�esAs capturas acess�rias e as devolu��es são prejudiciais para o ecossistema. Os peixes juvenis e as especies vulner�veis como os golfinhos, os tubar�es ou as aves marinhas t�m sido especialmente afectados pelas actividades de pesca. Para fazer face a estes problemas, a Comissão apresentar� medidas destinadas a fomentar a protec��o das especies vulner�veis. Ser�o em breve propostas medidas para garantir a protec��o dos tubar�es – nomeadamente a proibição de retirar as barbatanas e devolver as carca�as dos tubar�es ao mar nas �guas comunitárias -, medidas para reduzir as capturas acess�rias de golfinhos e um programa de conserva��o para as aves marinhas. A Comissão defende Também a introdu��o de artes de pesca mais selectivas, designadamente redes de maior malhagem ou equipadas com panos de malha quadrada, restrições da pesca para proteger os peixes juvenis, as especies sens�veis não-alvo e os habitats, tamanhos m�nimos de desembarque adaptados � selectividade das artes de pesca em causa, "proibi��es das devolu��es a t�tulo experimental", em cujo ambito grupos representativos de navios de pesca seriam estimulados, através de incentivos financeiros, a reter a totalidade das suas capturas, assim como criação de incentivos financeiros, a fim de favorecer pr�ticas de pesca mais selectivas. Melhor aplica��o das regras através de uma estrutura comum de inspec��o da UE e de san��es mais estritasAs regras da PCP deveriam ser aplicadas uniformemente em toda a UE. Contudo, o risco de os infractores serem apanhados e de lhes serem aplicadas san��es varia muito consoante o Estado-Membro respons�vel pela execução das regras. Esta situa��o prejudica a efic�cia do controlo e do acompanhamento e suscita o descontentamento dos pescadores que reclamam um tratamento equitativo neste dom�nio. Em consequ�ncia, a Comissão prop�e a criação de uma Estrutura Comum de Inspec��o a fim de reunir os meios e os recursos utilizados para efeitos de controlo. No ambito dessa estrutura, seriam criadas equipas de inspec��o multinacionais que exerceriam actividades nas �guas da UE e nas �guas internacionais. A Comissão prop�e igualmente a extensão das novas tecnologias aos navios mais pequenos, nomeadamente a utiliza��o do sistema de localiza��o dos navios por satélite (VMS) e dos di�rios electrúnicos (em que os capit�es devem registar as informações relativas �s suas capturas).Estas medidas deveriam reduzir as possibilidades de cometer infrac��es. Dado que a qualidade da execução das regras depende das ac��es adoptadas pelos Estados-Membros, a Comissão prop�e que os Estados-Membros que não cumprem as suas obriga��es sejam sancionados, por exemplo através da diminui��o das respectivas quotas. O pacote de reforma prev� uma abordagem totalmente transparente e aberta no respeitante aos resultados dos Estados-Membros em matéria de execução da PCP. Prop�e-se, pois, o estabelecimento de um processo de "avalia��o pelos pares", que permita aos Estados-Membros examinar a respectiva execução das regras da PCP. As informações sobre este processo, assim como sobre os resultados obtidos em matéria de cumprimento poderiam ser consultados na Internet. Garantir a exist�ncia de pescarias sustent�veis fora das �guas da UEUma parte da frota da UE opera no alto mar ou nas �guas de países terceiros com os quais a UE tem acordos de pesca. O pacote de reforma define um novo quadro integrado, que demonstra o empenhamento da UE em contribuir para a exist�ncia de pescarias respons�veis. A Comissão prop�e refor�ar o di�logo pol�tico entre a UE e os países em desenvolvimento. O objectivo � auxili�-los a desenvolver uma pol�tica da pesca que possa gradualmente melhorar a sua capacidade de obter pescarias sustent�veis e, ao mesmo tempo, contribuir para os seus objectivos de desenvolvimento, incluindo a manuten��o da qualidade, diversidade e disponibilidade de recursos hali�uticos no contexto da segurança alimentar, da redu��o da pobreza e do desenvolvimento sustent�vel. Para lutar contra a pesca ilegal e assegurar a exist�ncia de pescarias sustent�veis fora das �guas comunitárias, a Comissão apresenta um plano de ac��o para:
Maior participa��o dos interessados do sector e mais flexibilidade para os Estados-MembrosOs interessados do sector consideram que não participam suficientemente no processo da PCP e esta situa��o tem um impacto negativo no cumprimento das regras da PCP. Em consequ�ncia, a Comissão prop�e a criação de conselhos consultivos regionais que re�nam todos os interessados aos n�veis regional e local. Estes conselhos apresentariam sugestáes � Comissão e aos Estados-Membros sobre questáes relacionadas com a gestáo das pescas e emitiriam pareceres sobre as propostas da Comissão e dos Estados-Membros directamente relacionadas com qualquer dom�nio pertinente. Os Estados-Membros deveriam Também consultar os conselhos consultivos regionais antes de estabelecer medidas nas suas zonas nacionais das 12 milhas mar�timas. A Comissão prop�e igualmente a introdu��o de uma maior flexibilidade na PCP, por forma a permitir uma resposta r�pida em caso de emerg�ncia ou de problemas ao nível. local, sendo dada aos Estados-Membros a possibilidade de adoptar medidas pertinentes, desde que não sejam contr�rias � legisla��o da UE. Refor�ar o papel da aquiculturaA aquicultura oferece uma fonte alternativa valiosa de emprego nas regi�es costeiras, assim como produtos da pesca de qualidade para os consumidores. A Comissão prop�e uma estratégia para refor�ar o papel da aquicultura através de um certo n�mero de medidas, incluindo a melhoria da investiga��o cient�fica e o desenvolvimento de novas normas ecol�gicas e sanit�rias. A via para a reformaO pacote da Comissão apresentado hoje inclui um guia (ver infra), que exp�e o conjunto da abordagem da reforma e propostas legislativas relativas � conserva��o, ao ambiente, � frota, � ajuda para a demoli��o dos navios e � pesca ilegal. Estas propostas seráo examinadas na pr�xima reuni�o do Conselho dos Ministros em 11 de Junho de 2002.Haver� mais propostas legislativas, relatérios e planos de ac��o, que diráo respeito � conserva��o no Mediterr�neo, � pesca no alto mar e ao abrigo de acordos de pesca com países terceiros – especialmente os países em desenvolvimento -, � execução das regras, � aquicultura e ao impacto da reestrutura��o da frota nas zonas costeiras. A nova PCP entrar� em vigor em 2003. O texto integral das propostas de reforma encontra-se na Internet, no seguinte endere�o: Informa��es sobre a conversa na Internet com o Comissário Franz Fischler em 17 Junho 2002 sobre a reforma da pol�tica comum da pesca: GuiaPara além das propostas de hoje, a Comissão pretende apresentar as seguintes propostas sobre: Medidas estruturais, econ�micas e sociais
Conserva��o
Aspectos internacionais
Controlo e execu��o
Outras medidas
|
|
|
Produzido por Camares � – � 1999-2007. Todos os direitos reservados. Optimizado para o IE 5.#, resolu��o 800 x 600 e 16 bits |