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– 13-06-2002 |
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Portugal : Crescimento da agricultura requer aposta na mecaniza��oA agricultura portuguesa tem tido uma evolu��o positiva nos �ltimos anos, mas para continuar a crescer terá de apostar na efici�ncia t�cnica, defenderam hoje especialistas num col�quio realizado no ambito da Feira Nacional de Agricultura, em Santar�m. Francisco Avillez, do Instituto Superior de Agronomia, socorreu-se dos n�meros de estudos que t�m vindo a ser realizados no Instituto Superior de Agronomia (ISA) para afirmar que, apesar do "vendaval tremendo" que foram os primeiros anos da adesão de Portugal � União Europeia, a agricultura portuguesa "aguentou-se melhor do que se esperava". Segundo disse, de 1987 a 1999 a competitividade agr�cola cresceu em Portugal 37,8 por cento em termos reais, sobretudo a partir de 1992, 1993 e 1994, um crescimento superior � generalidade dos outros Estados membros no mesmo período. A agricultura portuguesa ganhou competitividade, mas, disse, ainda se encontra longe da média europeia (42,9 por cento), situa��o que melhora quando se compara a efici�ncia econ�mica (68,8 por cento), o que, no seu entender, significa que Portugal depende muito menos das pol�ticas que os restantes países da UE. Para este professor do ISA, apesar da surpreendente constata��o de que a sufici�ncia econ�mica da terra � em Portugal 80 por cento superior � média europeia, as condi��es estruturais são inferiores. Uma das altera��es necess�rias � aumentar a dimensão das explora��es, sobretudo nas zonas de minif�ndio, o que, para Francisco Avillez, não terá de passar pelo emparcelamento ou interven��es públicas com custos elevados, podendo antes fazer-se por formas de organiza��o empresarial que levem os propriet�rios a associarem-se. Por outro lado, defendeu uma altera��o da filosofia da pol�tica agr�cola comum (PAC), que tem uma l�gica que "desincentiva a evolu��o t�cnica" e que "torna vi�veis coisas que não são competitivas". No seu entender, s� uma reforma profunda da PAC pode libertar fundos que remunerem outras funções para além da produ��o. Durante o col�quio sobre a racionaliza��o da mecaniza��o e a competitividade da agricultura portuguesa foi feito um historial da evolu��o da mecaniza��o agr�ria e apresentadas as vantagens da "agricultura de precisão", que beneficia da introdu��o dos meios electrúnicos. A utiliza��o das novas tecnologias em equipamentos que permitem quer a coloca��o de fertilizantes quer de sementes em quantidades adequadas a cada ponto do terreno foi apontada como trazendo vantagens não apenas ao nível. da produ��o e dos seus custos mas Também ambientais. Contudo, a chegada destes equipamentos a Portugal – o primeiro sistema completo foi introduzido em 2001, quando na Europa existem mais de 300 – tem-se defrontado com a falta de forma��o dos t�cnicos, "sobretudo dos oficiais", e dos operadores, segundo foi apontado. Rui Santos Bento, presidente da Associa��o Portuguesa de Mecaniza��o Agr�ria (APMA), disse � Agência Lusa que a grande questáo � a falta de apoio das entidades oficiais, "que não estáo coordenadas e não trabalham em função das necessidades da ind�stria". Essa descoordena��o, disse, tem efeitos "perniciosos", porque a ind�stria "se sente desapoiada e tem de fazer investimentos que naturalmente não deveria fazer e porque a investiga��o que se faz não � a que a ind�stria necessita". A APMA, criada h� quatro anos, pede ao novo ministro da Agricultura, Sevinate Pinto, para tirar o sector da mecaniza��o do "esquecimento e do alheamento" a que tem estado votado. Exemplo desse "esquecimento" � a Esta��o de Cultura Mec�nica, que, segundo Fausto Briosa, não admite t�cnicos h� mais de 20 anos e tem vindo a definhar. "Qualquer país que queira ter uma agricultura rent�vel tem de olhar para a mecaniza��o de forma construtiva e permanente, o que não acontece em Portugal ", sublinhou Rui Bento. O col�quio foi organizado pelo Centro Nacional de Exposi��es, integrando-se numa s�rie de iniciativas sobre a mecaniza��o agr�ria, que incluem a exposi��o sobre a evolu��o da mecaniza��o agr�cola, uma mostra que vai estar patente até domingo, �ltimo dia da 39� Feira Nacional de Agricultura.
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