O Governo açoriano vai criar um grupo de trabalho, envolvendo as organizações de produtores, para elaborar um plano de ação específico da agricultura e florestas para as alterações climáticas.
“Pretendemos ter nos Açores um plano de ação que ajude a reduzir as emissões de GEE (gases com efeito de estufa) e, ao mesmo tempo, melhore a eficiência das explorações agrícolas e reforce a segurança alimentar”, disse o secretário regional da Agricultura e Florestas.
João Ponte falava na abertura do ‘workshop’ ‘Importância da Agricultura na Alimentação’, organizado pela Associação Agrícola de São Miguel, no Dia Mundial da Alimentação.
Após a criação de um grupo de trabalho técnico que apresentou um conjunto de contributos que a agricultura e as florestas poderão dar para a Neutralidade Carbónica 2050, o secretário regional adiantou que se pretende agora “alargar a discussão num patamar mais político, envolvendo decisores e organizações de produtores”.
Citado numa nota do executivo açoriano, João Ponte explicou que essa discussão visa desenvolver um plano de ação da agricultura e florestas para as alterações climáticas, integrando, desde logo, as medidas do Plano Regional para as Alterações Climáticas e alinhado com a Política Agrícola Comum para o próximo período 2021-2027.
O secretário regional defendeu que a forma de reduzir a pegada ambiental é produzir localmente e consumir produtos locais, daí ser importante sensibilizar os consumidores para optarem por produtos regionais.
“Com este objetivo, lançámos no último ano um conjunto de ‘spots’ de sensibilização e gostaria de anunciar que estamos a ultimar mais sete mini-filmes, com duração de dois minutos cada, que serão divulgados ao longo do próximo ano na RTP/Açores e nas redes sociais”, referiu, frisando que o objetivo é esclarecer e apelar ao consumo das produções regionais, como, por exemplo, os derivados do leite.
João Ponte considerou ainda que para não falhar na alimentação e região “não pode nunca falhar na agricultura”, defendendo que os Açores continuem a apostar na modernização das infraestruturas agrícolas para que se “continuem a afirmar como região de excelência na produção de leite, de carne e de outros produtos na área da diversificação agrícola”.