
A Escola de Pastores teve mais de 120 inscritos, 40 candidatos foram selecionados mas apenas 29 compõem agora as duas turmas que na semana passada arrancaram nas escolas superiores agrárias de Viseu e Castelo Branco. O ofício de pastor é duro e o curso também. “Há quem tenha vidas no campo e não tenha conseguido conciliar uma escola a tempo inteiro com as rotinas da agricultura”, conta Tânia Gonçalves. Ela que era professora voltou agora a ser aluna para quatro meses de formação teórica e prática (na escola e nas explorações) que quer aplicar às 100 cabras murcianas “boas produtoras de leite” que tem na sua quinta da Covilhã. Esse é o seu objetivo. O da formação em pastoreio é mais ambicioso: fazer regressar os rebanhos aos pastos desertificados da zona centro do país e, consequentemente, alimentar de leite as queijarias em risco da região, que vai do Sicó à Estrela, atravessa a Gardunha e se estende ao Ródão.
“Aprendemos coisas novas, sejam os planos de negócios, as forragens ou as plantas que o gado deve comer”, explica Tânia, resumindo numa frase as 560 horas de aprendizagem (150 teóricas e 410 práticas) que tem pela frente. Em janeiro, ela e os colegas já deverão estar aptos a quebrar o longo rodeio do gado, o período variável de descanso que se prolonga sem quebras por falta de pastores e maneio.
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