A situação mais grave verifica-se na região de Trás-os-Montes.
Numa altura em que metade do país se encontra em seca severa e outra metade em seca extrema, o Governo atribuiu quatro milhões de euros a vários municípios para ajudar a financiar medidas de combate àquela que já é considerada a maior seca do século em Portugal.
Com as reservas de água no solo abaixo dos 20%, seis grandes albufeiras do Norte em estado crítico e níveis das bacias dos rios inferiores a 50%, Portugal atravessa a maior seca deste século.
Para ajudar neste momento de emergência, o executivo de António Costa atribuiu a sete municípios transmontanos 1,3 milhões de euros de quatro milhões destinados a todo o país, para financiar medidas de combate à seca.
Este apoio visa reforçar sistemas existentes, fazer novas captações, pequenos açudes, mas a maior parte da verba destina-se ao transporte de água, como é o caso de Carrazeda de Ansiães.
A Barragem de Fonte Longa, que abastece 5.500 habitantes – população que duplica no verão – só já tem água para mais dois meses. Por isso, vai transportar água em camiões cisterna do Rio Tua, numa distância de 20 quilómetros.
Os autarcas agradecem a ajuda, mas lembram que muitos destes problemas podiam ser evitados se houvesse mais reservas de água conforme vêm propondo há vários anos.
Perante a grave situação de seca, há municípios que já proibiram a utilização de água da rede para a rega de jardins e hortas, lavagem de passeios, pátios e espaços públicos.
Vimioso, por exemplo, está a aplicar multas entre os 3.700 euros a particulares e 45 mil a pessoas coletivas.