Verificou-se o aumento do volume armazenado em 11 bacias hidrográficas e a diminuição em três, de acordo com o Boletim Semanal de Albufeiras da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que data de 3 de março e compara com o boletim anterior (de 28 de fevereiro).
Das albufeiras monitorizadas, 56% apresenta disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 10% têm disponibilidades inferiores a 40% do volume total.
Os armazenamentos na primeira semana de março de 2025, por bacia hidrográfica, apresentam-se superiores às médias de armazenamento do mês de março, com exceção para as bacias do Ave, Douro, Mondego, Sado, Mira, Arade e Ribeiras do Barlavento.
Já no Algarve, o armazenamento de água nas bacias hidrográficas registou uma subida generalizada comparativamente ao último documento. No entanto, com a barragem do Arade a registar o nível de água mais baixo da região algarvia e sem alterações relativamente à última análise.
Assim, a barragem do Arade, destinada a energia e rega, apresenta uma disponibilidade de 18%, fixando-se ainda na cor vermelha. Já a barragem do Funcho e de Odelouca registam 51% (verde) e 44% (amarelo), respetivamente, da sua total capacidade de armazenamento de água. Ambas a registarem subidas de 1% comparativamente à última semana.
Na bacia hidrográfica de Ribeiras do Barlavento, a barragem da Bravura, reservada ao abastecimento, rega e energia, regista 28% da sua capacidade total, fixando-se na cor laranja, tendo subido 7% desde a última análise realizada por parte da APA.
Relativamente à bacia de Ribeiras do Sotavento, a barragem de Beliche apresenta-se com 74% da sua capacidade total de armazenamento e a barragem de Odeleite com 81%.
Destaque ainda para a barragem Monte da Rocha, pertencente à bacia hidrográfica do Sado e utilizada para abastecimento e rega, que regista apenas 14% da sua capacidade total de armazenamento, tendo-se mantido estável relativamente ao boletim anterior e fixando-se na cor vermelha. Ainda no Sado e também com valores baixos, fixa-se a barragem de Campilhas, destinada à rega, com 28% da sua capacidade total de armazenamento.
Na bacia hidrográfica do Mondego, à exceção da barragem da Aguieira, todas as restantes registaram descidas nos níveis de armazenamento de água. O valor mais baixo assinalou-se na barragem de Fagilde, com 29% (laranja) da sua disponibilidade total de armazenamento, seguida da barragem de Lagoacho (36%) e Vale do Rossim (39%).
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.